« Os Santos
que alcançaram os mais altos cumes da perfeição não se dão, porém, por
satisfeitos com isso: eles experimentam o sublime êxtase do sofrer; com o Apóstolo Paulo, exclamam: Superabundamos
de alegria em todos os sofrimentos!7. Eles, juntamente com Xavier, à
chegada das provas mais difíceis, generosamente dizem a Deus: “Mais, Senhor,
ainda mais!”. Isso, porque são animados pela mais pura e ardente caridade, que
os leva a procurar, em tudo, a aprovação de Deus, e a se tornar um em Jesus Cristo.
Compreenderam a santa loucura da cruz, em toda a sua
extensão, que o mundo, envolto nos prazeres dos sentidos, nunca poderá
compreender.»
«Então
teremos por eles (os Superiores) e por sua obra todo o devido respeito. Uma
palavra deles, um desejo, um voto, todo o complexo de sua orientação será, para
nós, como uma ordem. Assim agia São Francisco Xavier que, a um gesto de seu
pai, Santo Inácio, teria abandonado, sem duvidar, todos seus grandiosos
projetos de conquistas cristãs, até mesmo afastando-se para sempre do campo do
apostolado. Assim fizeram outros Santos que, nas ordens de seus Superiores,
reconheciam a vontade de Deus e as amorosas disposições de sua Providência.
Imitemo-los, se quisermos nos salvaguardar das sutis insídias do amor próprio,
que nos impelem sempre a antepor nossa vontade à de Deus, com perda do
merecimento que poderíamos adquirir a seus olhos.»
Xavier “formado segundo o Cristo” nas dificuldades e nos sofrimentos
«Todos os
que são compelidos por esta fome e sede (de justiça) serão saciados porque, no
caminho da perfeição cristã, Deus lhes estenderá a mão, os confortará, os
atrairá a si por caminhos admiráveis, e satisfará todas as aspirações de seu
grande coração. Acontecerá, com eles, o que escreve o Salmista Real, isto é,
que a alma percorre, com passos de gigante, o caminho dos preceitos divinos,
quando Deus o amplia com o sopro de sua graça: Viam mandatorum tuorum
cucurri cum dilatasti cor meum.
Xavier
também viveu essa experiência e, no meio das dificuldades do apostolado,
experimentava uma superabundância de felicidade, que o obrigava a dizer a Deus:
Satis, Domine, satis, satis! – basta, Senhor, basta!”.»
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