quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

São Francisco Xavier: apóstolo obediente


« Os Santos que alcançaram os mais altos cumes da perfeição não se dão, porém, por satisfeitos com isso: eles experimentam o sublime êxtase do sofrer; com o Apóstolo Paulo, exclamam: Superabundamos de alegria em todos os sofrimentos!7. Eles, juntamente com Xavier, à chegada das provas mais difíceis, generosamente dizem a Deus: “Mais, Senhor, ainda mais!”. Isso, porque são animados pela mais pura e ardente caridade, que os leva a procurar, em tudo, a aprovação de Deus, e a se tornar um em Jesus Cristo. Compreenderam a santa loucura da cruz, em toda a sua extensão, que o mundo, envolto nos prazeres dos sentidos, nunca poderá compreender.»

«Então teremos por eles (os Superiores) e por sua obra todo o devido respeito. Uma palavra deles, um desejo, um voto, todo o complexo de sua orientação será, para nós, como uma ordem. Assim agia São Francisco Xavier que, a um gesto de seu pai, Santo Inácio, teria abandonado, sem duvidar, todos seus grandiosos projetos de conquistas cristãs, até mesmo afastando-se para sempre do campo do apostolado. Assim fizeram outros Santos que, nas ordens de seus Superiores, reconheciam a vontade de Deus e as amorosas disposições de sua Providência. Imitemo-los, se quisermos nos salvaguardar das sutis insídias do amor próprio, que nos impelem sempre a antepor nossa vontade à de Deus, com perda do merecimento que poderíamos adquirir a seus olhos.»

Xavier “formado segundo o Cristo” nas dificuldades e nos sofrimentos
«Todos os que são compelidos por esta fome e sede (de justiça) serão saciados porque, no caminho da perfeição cristã, Deus lhes estenderá a mão, os confortará, os atrairá a si por caminhos admiráveis, e satisfará todas as aspirações de seu grande coração. Acontecerá, com eles, o que escreve o Salmista Real, isto é, que a alma percorre, com passos de gigante, o caminho dos preceitos divinos, quando Deus o amplia com o sopro de sua graça: Viam mandatorum tuorum cucurri cum dilatasti cor meum.
Xavier também viveu essa experiência e, no meio das dificuldades do apostolado, experimentava uma superabundância de felicidade, que o obrigava a dizer a Deus: Satis, Domine, satis, satis! – basta, Senhor, basta!”.»

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