Acompanhado de João Ragoso e Fausto Rodrigues, deixando João de Eiro na direção dos cristãos de Ambóino, dirigiram-se numa ligeira embarcação para Baranura. Bem depressa se declarou uma tempestade tal que os próprios marinheiros ficam aterrados; já se julgavam perdidos. Gritavam pela ajuda de Deus.
Francisco Xavier toma o seu crucifixo, inclina-se sobre a borda do barco para mergulhá-lo naquele mar em fúria... e o crucifixo escapa-lhe da mão! Na mesma hora o as águas se acalmaram. O Santo apóstolo mostra-se em extremo consternado por aquela perda, chora aquele tesouro, que havia operado tantos prodígios, tesouro que o consolara tantas vezes nas amarguras do seu laborioso e penoso apostolado.
Ragoso e Rodrigues tomam viva parte naquela dor do seu Santo amigo, pesarosos ainda mais por não terem meio algum de substituírem, ao menos materialmente, o precioso objecto que as ondas lhe arrebataram.
Na manhã seguinte aportaram à ilha de Baranura. Decorrera já mais de vinte e quatro horas que o crucifixo caíra ao mar. O Padre Xavier, acompanhado de Rodrigues, dirigia-se para o bairro de Tálamo, seguindo pelo litoral, quando, depois de terem caminhado uns quinhentos passos, aproximamente, viram sair do mar e vir para eles um caranguejo trazendo entre as suas garras, que trazia levantadas, o crucifixo de Francisco Xavier!
O caranguejo vai direito ao Santo apóstolo e pára junto dele. Xavier ajoelha-se, prostra o rosto no chão, toma o seu amado crucifixo que lhe será dali em diante muito mais precioso, beija-o com todo o amor e reconhecimento de que está cheio o seu coração, e o caranguejo, voltando sobre os seus passos, desapareceu nas ondas.
O caranguejo vai direito ao Santo apóstolo e pára junto dele. Xavier ajoelha-se, prostra o rosto no chão, toma o seu amado crucifixo que lhe será dali em diante muito mais precioso, beija-o com todo o amor e reconhecimento de que está cheio o seu coração, e o caranguejo, voltando sobre os seus passos, desapareceu nas ondas.
Fausto Rodrigues, testemunha deste milagre, acrescenta, na sua narração, que o Padre Xavier, depois de, ter beijado muitas vezes o seu maravilhoso crucifixo, conservou-se por meia hora em oração, com as mãos cruzadas sobre o peito, agradecendo à divina Bondade um tão admirável prodígio.
Rodrigues agradecia também, pela sua parte, por lhe ter sido permitido presenciar aquela sublime maravilha, de que ele deu testemunho sob a fé de juramento, e que menciona a bula da canonização.
Na arte, sua imagem é associada a um caranguejo e um crucifixo, símbolo relacionado com este grande milagre. São Francisco Xavier nunca disse uma palavra sobre o acontecido
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