Detalhes iconográficas

A iconografia de São Francisco Xavier apresenta algumas variedades iconográficas que envolve sua fisionomia, modo de vestir, assim como atributos relacionados às suas atividades missionárias.  Tudo isso, actrscido de inculturaçao. Cada cultura(nação)  buscou representá-lo com traços característicos de seus povos. Com isso, uma simples gravura do santo, mesmo tentando retrata-lo de modo fidedigno, apresenta fisionomia diversas.
ICONOGRAFIA 01 - CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
 imagem característica da cultura da Índia (cabelo e barba mais volumosos e tonalidade da pele mais avermelhado; de acordo com o tipo étnico indiano)
Imagem com traços orientais (olhos puxados, barba feita e pele mais clara "amarelada"). Nota-se também, um detalhe atípico de Xavier - O cabelo em estilo franciscano, ("careca" no alto da cabeça)

 Imagem mais representativa do santo no mundo ocidental (cabelos lisos, barba e cabelo mais caracterisicos dos latinos(italianos).

Repare que há muitas características semelhantes nesta três gravuras (maos cruzadas e olhos fixos para o alto referindo-se à oraçao fervorosa do santo conforme narrados na sua biografia.

ICONOGRAFIA 02: INFÂNCIA, FAMÍLIA, ESPANHA

Não existe muitas obras retratando a infância e a juventude de Xavier, bem como no contexto familiar e de sua pátria.
Xavier e seus quatro irmãos












O castelo de Xavier na Espanha é a principal representação do santo quando referir-se tanto a sua família como à sua pátria a Espanha. O castelo remete ao local de origem, de nascimento e ao convívio familiar. Ao mesmo tempo é simbolo de sua nacionalidade, pois o castelo ainda está imponente e preservado suas características, tais como, na época em Xavier aí estava.

Destaque especial, neste castelo, é a capela  onde se atribue as orações frequentes e gosto pelas ciencias.



 No interior da capela do castelo de Xavier havia a imagem do Cristo crucificado sorridente. Aí, contemplando a dita imagem, há representação do jovem Xavier em suas orações cotidianas.


 Nesta arte em quadrinhos, Xavier aparece deixando o castelo de Xavier, montado a cavalo, quando partiu para estudar em Paris, na frança

ICONOGRAFIA 03 - O ESTUDANTE EM PARIS
 Não há representações significativas ou obras de arte que retratam Xavier como o estudante, o esportista ou o jovem professor. De fato, os aspectos iconográficos só são relevantes a partir da conversão de Xavier. Em Paris, há uma representação da vida mundana de Xavier, como esta ao lado, frequentando festas no Bairro Latino.


ICONOGRAFIA 04 - FRANCISCO XAVIER, INÁCIO DE LOYOLA E COMPANHIA DE JESUS


Esta é a principal iconografia de Xavier com Inácio de Loyola por retratar a conversão de Francisco Xavier pelo seu colega de quarto na Universidade de Paris na França. Também, pode-se incluir na sua iconografia a célebre frase "De que serve ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma"














Estas duas representações descrevem a participação de Xavier como co-fundador da Companhia de Jesus, idealizada por Inácio de Loyola e consolidada na capela de Montmart na França.


Depois desses dois momentos importantes, a iconografia tende a retratar o momento crucial para a vida do jovem padre Francisco Xavier. Na verdade, são dois momentos distintos. O primeiro descreve Inácio convocando Xavier para substituir Bobadilha nas missões nas Índias portuguesas.





O ENVIO




 O segundo momento retrata a despedida dos dois amigos. Significa  também a partida para as missões.














ICONOGRAFIA 05 - FRANCISCO XAVIER PREDESTINADO PARA AS MISSÕES
Há duas imagens que refletem a predestinação de Xavier como vaso de eleição (escolhido por Deus) para as missões nas Índias.

Relevo em prata do Túmulo de S. Francisco Xavier
com o Batismo dos três reis de Macasar,
Fondo Schurhammer, -VI-2107
Talvez devido ao fato de S. Francisco Xavier se ter tornado o Apóstolo do Oriente, pudemos dizer, quase que por acaso (ele foi enviado para o Oriente em substituição de Nicolau de Bobadilla impedido de partir por doença), a hagiografia xaveriana vai realçar o carácter de predestinação da sua missão do Oriente através de episódios que teriam ocorrido ainda Xavier vivia na Europa.

Neste sentido, destacamos o facto antes referido que o ciclo narrativo do seu túmulo em prata começa com a visão de Madalena, irmã de Francisco Xavier, em 1537. A iconografia xaveriana destaca assim a sua atividade como missionário, isto é, os seus batismos e a sua atividade de pregador. Francisco Xavier veste, por norma, a sotaina, e ainda a estola e a sobrepeliz que são as duas vestimentas adequadas à sua atividade de batizar e predicar. Ergue ainda o crucifixo, um outro símbolo do predicador. As cartas do próprio Francisco Xavier estão na origem da fama que obteve na atividade de batizar. Em 1544 escreveu: “é tanta a multidão dos que se convertem à fé de Cristo nestas terras onde ando, que muitas vezes me acontece ter os braços cansados de batizar…”. Sendo esta afirmação repetida à exaustão pelos seus hagiógrafos a partir de Manuel Teixeira.
Uma outra afirmação de Xavier em 1546, segundo a qual três reis ter-se-iam convertido em Macassar ou Celebes nas Filipinas foi transmitida à iconografia, incluindo ao ciclo em prata do seu túmulo, através da gravura do ciclo de Regnartius. De acordo com o protótipo mais comum, os reis ajoelhados têm os seus cetros e as coroas pousados junto a eles. Ao fundo, as várias figuras de pé ilustram o sub-título da gravura de Regnartius que diz «Reges tre et multa centena hominum millia baptista».



(em manutenção, aguarde)

Os bens do missionário
Francisco Xavier que, com imensa satisfação recebeu este destino, e pôs-se a caminho, em 1542, não levando senão o crucifixo, o breviário e um bastão.



 













CAMPAINHA ou SINO
Outros importantes aspectos que qualificam a personalidade do santo é o atributo comportamental. Neste caso, analisa-se os recursos utilizados por São francisco Xavier no desenvolvimento da missão.
Um dos mais caracteristicos, conforme retratado abaixo, é a figura de São Francisco Xavier com uma campainha na mão. Mas o que isto significa? Bem, esssa imagem retrata o meio utilizado por Xavier para CHAMAR a população, especialmente das cidades maiores onde passou. Ele percorria as ruas, com uma campainha na mão que ao tocá-la servia de sinal convidativo para a população se reunir no local onde daria a sua catequese.

"Concluídos estes trabalhos, visitava os presos, e dali, com uma campainha na mão, percorria as ruas da cidade, convidando e mesmo suplicando aos chefes de família a mandarem seus filhos è seus escravos à instrução que ia administrai-lhes:
"Fiéis cristãos, dizia ele com a- mais penetrante expressão, fiéis cristãos, mandai vossos filhos e vossos escravos, a fim de que eles aprendam a santa doutrina de Jesus Cristo! -Eu o suplico, mandai-os pelo amor de Deus".
As crianças corriam a cercar o Santo Padre, logo que ouvissem a campainha; beijavam-lhe as mãos, testemunhavam-lhe as mais ternas e afetuosas carícias, e o seguiam à medida que ele ia passando por suas casas, de modo que os primeiros que a ele se juntavam acompanhavam-no a dar a volta à cidade, e assim chegava à igreja escoltada por alguns centos de crianças.
Era belo, era comovedor ver-se aquele jovem Padre assim cercado daquelas inocentes crianças que lhe tributavam tão grande amor como natural veneração. Todas elas recebiam a instrução com igual vontade e a repetiam a seus pais. Iam até fazer-lhes observar quanto o seu procedimento estava em oposição com os preceitos da religião, o que ocasionava sérias reflexões aos pais". - CARTA 12/01/1544.
RECOMENDA O MESMO MÉTODO A OUTROS  MISSIONÁRIOS: "Nos domingos e dias santificados pregareis, pelas duas horas depois do meio-dia, na igreja da Misericórdia, ou numa das principais igrejas da cidade, depois de haver enviar Raimundo Pereira a percorrer as ruas com uma campainha, convidando o povo a vir ao sermão; isto quando não julgardes preferível irdes vós mesmo fazer aquele convite. Levareis para a igreja a explicarão do símbolo dor apóstolos e o regulamento de vida que eu redigi". 







ESCREVENDO CARTAS "DE JOELHOS"









Em 1547, depois de receber pela primeira vez notícias concretas do Japão partiu para lá. Nos ventos gelados daquele país Francisco e seus companheiros viajavam a pé e se vestiam tão miseravelmente que as crianças japonesas os acolhiam a pedradas e os ridicularizavam. Ao descrever suas peregrinações apostólicas no coração do inverno, Xavier fala da dor que sentia pelo inchaço dos pés. Pensando que uma visita ao senhor de algumas províncias lhe valeria a permissão de pregar em público, pediu que lhe concedessem essa audiência, mas a entrada no palácio lhe foi negada porque não tinha presentes adequados para oferecer. Ele compreendeu que as autoridades japonesas só davam valor a quem se apresentasse vestido elegantemente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário