Xavier havia já conquistado ao inferno uma
grande extensão da Costa; ele sòzinho não era suficiente para satisfazer as
necessidades de todas aquelas cristandades; além disso, a sua presença era
reclamada em Goa, onde tinha muitos negócios a regular, e por isso embarcou em
Novembro de 1543, com destino àquela cidade, levando dois indígenas que devia
deixar no Colégio da Santa-Fé.
Retorno a Goa:
instruções e alentos aos leprosos e presos -
Chegado a Goa, deu ao Padre Paulo de Camerini todas as instruções necessárias
com respeito à direção e administração do colégio; mandou o Padre Mancias para
o Cabo Co morim, tornou a ver e animar as almas que havia convertido para Deus,
não se esquecendo dos seus queridos leprosos nem dos seus afeiçoados
prisioneiros; finalmente, escolheu dois jovens para o ajudar no seu apostolado;
levou consigo João de Artiaga, artista de mérito e fervoroso cristão, e um
rapaz indígena destinado às funções de catequista. Um mês lhe foi suficiente
para dispor todas aquelas coisas. Durante a sua curta permanência naquela
cidade, teve a consolação de ver chegar alguns Padres de Portugal que vinham
partilhar os seus trabalhos.
O Padre Melchior González escreveu assim aos seus
irmãos da Europa: - "Viemos encontrar o Padre Francisco em Goa, suas
virtudes são tais, que eu não conheço comparação; ele está possuído do amor
divino no mais elevado grau; a sua santidade faz com que o olhem como um mártir
vivo, e eu nada vos posso dizer que se aproxime do que tenho visto. Depois da
sua partida, deixou-nos um vácuo, que me parece não ter mais companhia. Este
valente soldado de Jesus Cristo não bebe nunca vinho e é de mui forte
constituição...".]
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