quarta-feira, 23 de agosto de 2017

filme de S. Francico Xavier com Milagre do Crucifixo trazido pelo Caranguejo

Milagre esplêndido de São Francisco Xavier.
Em 1546, enquanto evangelizada as Ilhas Molucas, aconteceu um dos mais grandiosos milagres da missão xaveriana.

 Milagre do Crucifixo trazido pelo Caranguejo - Ilha de Baranura, 1546 
Acompanhado de João Ragoso e Fausto Rodrigues, deixando João de Eiro na direção dos cristãos de Ambóino, dirigiram-se numa ligeira embarcação para Baranura. Bem depressa se declarou uma tempestade tal que os próprios marinheiros ficam aterrados; já se julgavam perdidos. Gritavam pela ajuda de Deus. 
Francisco Xavier toma o seu crucifixo, inclina-se sobre a borda do barco para mergulhá-lo naquele mar em fúria... e o crucifixo escapa-lhe da mão! Na mesma hora o as águas se acalmaram.   O Santo apóstolo mostra-se em extremo consternado por aquela perda, chora aquele tesouro, que havia operado tantos prodígios, tesouro que o consolara tantas vezes nas amarguras do seu laborioso e penoso apostolado.
Ragoso e Rodrigues tomam viva parte naquela dor do seu Santo amigo, pesarosos ainda mais por não terem meio algum de substituírem, ao menos materialmente, o precioso objecto que as ondas lhe arrebataram.
Na manhã seguinte aportaram à ilha de Baranura. Decorrera já mais de vinte e quatro horas que o crucifixo caíra ao mar. O Padre Xavier, acompanhado de Rodrigues, dirigia-se para o bairro de Tálamo, seguindo pelo litoral, quando, depois de terem caminhado uns quinhentos passos, aproximamente, viram sair do mar e vir para eles um caranguejo trazendo entre as suas garras, que trazia levantadas, o crucifixo de Francisco Xavier! O caranguejo vai direito ao Santo apóstolo e pára junto dele. Xavier ajoelha-se, prostra o rosto no chão, toma o seu amado crucifixo que lhe será dali em diante muito mais precioso, beija-o com todo o amor e reconhecimento de que está cheio o seu coração, e o caranguejo, voltando sobre os seus passos, desapareceu nas ondas.

Fausto Rodrigues, testemunha deste milagre, acrescenta, na sua narração, que o Padre Xavier, depois de, ter beijado muitas vezes o seu maravilhoso crucifixo, conservou-se por meia hora em oração, com as mãos cruzadas sobre o peito, agradecendo à divina Bondade um tão admirável prodígio.

Rodrigues agradecia também, pela sua parte, por lhe ter sido permitido presenciar aquela sublime maravilha, de que ele deu testemunho sob a fé de juramento, e que menciona a bula da canonização. 
 Na arte, sua imagem é associada a um caranguejo e um crucifixo, símbolo relacionado com este grande milagre.  São Francisco Xavier nunca disse uma palavra sobre o acontecido