EM CONSTRUÇÃO....
Para os sacerdotes:
Repreende-o severamente pelo seu proceder com o vigário local: escândalo
que dá a todos, pense na morte que se aproxima
113.1. Bem mal
cumpristes os apontamentos, que vos dei, do que havíeis de fazer em Santo
Tomé1. Claramente se mostra que pouco vos ficou da conversação do nosso
bem-aventurado Padre Inácio2. Muito mal me parece andardes com capítulos(*acusações), em demandas com o vigário (*Gaspar Coelho). Sempre usais de vossa condição
forte: tudo o que fazeis por uma parte, por outra o desmanchais. Sabei certo
que estou descontente das desavenças que lá tendes. Se o vigário faz o que não
deve, por vossas repreensões não se há-de emendar, principalmente quando se
fazem com pouca prudência, como vós as fazeis. Estais já tão acostumado a fazer
vossa vontade que, onde quer que estejais, com vossas maneiras escandalizais a
todos e dais a entender aos outros que é condição vossa serdes assim forte5.
Praza a Deus que, destas imprudências, algum dia façais penitência.
2. Por amor de
Nosso Senhor, vos rogo que forceis vossa vontade e que, no porvir, emendeis o
passado, porque não é condição ser assim agastado, senão descuido grande que
tendes de Deus e de vossa consciência e do amor dos próximos. Sabei certo que,
à hora da morte, achareis certo ser verdade isto que vos digo. Rogo-vos muito,
em nome do nosso bem-aventurado Padre Inácio, que estes poucos dias que vos
ficam6 vos emendeis muito em ser sofrido, manso, paciente e humilde. Sabei
certo que, por humildade, tudo se acaba. Se não podeis fazer tanto quanto
desejais, fazei o que boamente podeis. Por força, nenhuma coisa se acaba nestas
partes da Índia, e deixa-se de fazer o bem que se faria por humildade, quando
por brados e impaciências quereis fazer as coisas.
Modo de proceder com o povo, autoridades eclesiais e seculares do
lugar,...
101.6. Sobretudo
vos encomendo, por amor e serviço de Deus Nosso Senhor, que vos guardeis de
escândalos, o que evitareis se o povo enxergar em vós muita humildade. Nos
princípios, haveis de trabalhar muito em todas as obras baixas e humildes,
porque desta maneira estará bem o povo convosco. Ganhada a vontade ao povo, as
coisas que fizerdes, sempre as irão interpretando à boa parte, principalmente
quando vos virem perseverar de bem em melhor. E olhai que não descuideis, que
quem não vai adiante, atrás torna!
120.2 Com os necessitados, usareis desta maneira: ...se eles vos representarem as suas
necessidades corporais, lhes representeis as necessidades espirituais, para que
se cheguem a Deus e se confessem e comunguem. Depois os ajudareis, o que em vós
for, nas necessidades corporais, por petições, (120.2)
Dosear o rigor com a misericórdia no trato com os pecadores e ser
humilde nas relações com o próximo
120.3. No
conversar com esta gente, (os pobres, pedintes) não vos mostreis grave, nem pessoa que deseja ter
autoridade com eles, nem que estão eles [dependentes] de vós: assim, deixai
que vos tenham acatamento. Sereis afável, em visitas e práticas; e, no pregar,
religioso e geral, desenganando-os dos erros em que vivem, falando da justiça
de Deus contra os que não se querem emendar, e da misericórdia de Deus com os
que deixam de perseverar nos pecados. De maneira que, sereis rigoroso contra
os que perseveram em pecar; mas, para que não digam que os pondes em
desesperação, falareis [também] da misericórdia, como acima disse.
A autoridade com o povo ganha-se com virtudes
120.5. Lembro-vos,
sobretudo, que a autoridade com o povo é Deus que a há-de dar; e ele a dá
àquelas pessoas que têm virtudes, para que ele confie delas a autoridade e
crédito com o povo. Quando os homens querem este crédito por si com o povo,
atribuindo a si o que não está neles, Deus deixa de o dar, para que os dons de
Deus não venham a desprezo [e] para que sejam conhecidos os perfeitos dos
imperfeitos. Pedi sempre a Deus que vos dê a sentir, dentro em vossa alma, os
impedimentos que da vossa parte pondes, por cuja causa se deixa de manifestar
por vós no povo, não vos dando o crédito necessário para que nele façais
fruto.
Oração sobre o trabalho sacerdotal: avaliação diante de Deus,
sentimentos que lhe passam pela alma, tenha quem o avise de faltas
6. Em vossos
exames de consciência, não deixeis de examinar-vos particularmente das faltas
que fazeis em pregar, confessar e conversar, emendando-vos delas porque, na
emenda destas faltas, está acrescentar-vos Deus suas graças e dons.
7. Não fareis
o que muitos fazem: buscar o artificial e o que ao povo apraz, para ser dele
aceite. Porque esses tais tratam de estar o povo bem com eles, que não da honra
de Deus e zelo das almas. Mui perigoso é este modo, pois acompanha uma certa
vaidade de ter nome no povo e de ser acreditado nele.
8. Sobretudo,
trabalhai [por] de tudo tirar sentimento interior das coisas acima ditas,
notando e escrevendo as coisas que particularmente Deus Nosso Senhor vos dá a
sentir, porque nisto se encerra o proveito espiritual3: é que muita diferença
há de certas coisas que escreveram os santos com gosto e sentimento, que tinham
quando as escreviam. Os homens, por carecerem deste interior sentimento, pouco
se vêm a aproveitar do que os santos [assim] escreveram. Por isso vos encomendo
que os sentimentos espirituais os escrevereis e tereis em grandíssima estima,
mas humilhando-vos e abaixando-vos mais e mais, para que o Senhor vos
acrescente.
9. Fazei muito
por saber, de devotos amigos desenganados, as faltas e erros que cometeis em
vossas pregações e confissões e outros exercícios, para delas vos emendardes.
Pedagogia nas confissões, cautela nas conversas
10. As confissões sejam devagar,
para fazer proveito nas almas, dando-lhes algumas meditações, ou da morte, ou
do juízo ou do inferno, para acharem contrição, lágrimas e dor de seus pecados.
11. E isto,
depois de ouvidos os seus pecados, antes de os absolverdes, principalmente com
os que têm impedimentos, como de ódios e sensualidades, ou de restituições.
Isto se entende, de pessoas que estão com vagar. E exortareis a estes
penitentes que se confessem muitas vezes.
14. Nas
confissões, se houver impedimento, antes que os absolvais fazei que cumpram
primeiro o que prometem que farão, como são amizades e restituições e fraquezas
de sensualidade e assim outras coisas, porque os homens destas partes são
liberais em prometer mas vagarosos em cumprir. Por isso, o que haviam de fazer
depois da absolvição, façam-no primeiro que os absolvais.
116
INSTRUÇÃO TERCEIRA AO PADRE BARZEU
SOBRE HUMILDADE
Goa, entre 6 e 14 de Abril 1552
Cópia em português, feita em 1574
Razões para conservar-se e crescer em humildade, sobretudo como sacerdote
pregador
Nos pontos seguintes me ocuparei cada dia uma hora ou meia e no tempo
mais apto e conveniente
1.
Primeiramente, buscar muita humildade acerca do pregar, atribuindo primeiramente
tudo a Deus, muito perfeitamente.
2. Em segundo
lugar, terei diante dos meus olhos o povo, olhando como Deus deu devoção ao
povo para ouvir sua palavra e, por este respeito da devoção do povo, me deu [a
mim] graça para pregar e ao povo devoção para me ouvir.
3.
Trabalhar[ei] de muito amar ao povo, olhando a obrigação que lhe devo, pois
Deus por sua intercessão me deu graça para pregar.
4. Também
considerarei como me veio este bem pelas orações e méritos dos da Companhia, os
quais, com muita caridade e amor e humildade, pedem a Deus graças e dons para
os da Companhia, e isto para maior glória de Deus e salvação das almas.
5. Cuidar[ei]
continuadamente como me tenho muito de humilhar, pois o que prego não é nada
meu, senão liberalmente dado por Deus. Com amor e temor usar[ei] desta graça
como quem há-de dar estreita conta a Deus Nosso Senhor, guardando-me de
atribuir alguma coisa a mim, se não forem muitas culpas e pecados e soberbas e
negligências e ingratidões, assim contra Deus como contra o povo e os da
Companhia, por cujo respeito me deu Deus esta graça.
6. Pedir[ei] a
Deus com muita eficácia que me dê a sentir, dentro em minha alma, os
impedimentos que de minha parte ponho, por respeito dos quais deixa de me fazer
maiores mercês e servir-se de mim em coisas grandes.
7.
Humilhando-me muito interiormente a Deus, que vê os corações dos homens,
guardar-me-ei muito em grande maneira de dar escândalo ao povo – nem em pregar,
nem em praticar, nem em obrar – humilhando-me muito ao povo; pois, como acima
disse, tanto lhe deveis.
8. O que
sobretudo haveis de fazer, meditando nestes pontos acima ditos, é notar muito
grandemente as coisas que Deus Nosso Senhor vos dá a sentir dentro na vossa
alma, escrevendo-as nalgum livrinho, imprimindo-as na vossa alma, porque nisto
está o fruto. E, do que Deus Nosso Senhor vos comunicar, em eles [sentimentos]
meditareis, e deles [sentimentos] nascerão outros de muito fruto1. E meditando
sobre o que Deus vos comunica, irão crescendo por só a misericórdia de Deus, e
vós vos ireis muito aproveitando, se perseverardes neste santo exercício de
humildade e conhecimento interior de vossas culpas, porque aqui está todo o
fruto. Por amor de Deus Nosso Senhor e pelo muito que deveis ao nosso Padre
Inácio e a toda a Companhia do nome de Jesus, vos rogo uma e outra e mais vezes,
tanto quanto posso, que vos exerciteis continuadamente nestes exercícios de
humildade, porque, se o contrário fizerdes, temo-me que vos perdereis, como
tereis experiência que muitos se perderam à míngua de humildade: guardai-vos
que não sejais vós deles.
9. Não vos
esqueça, nenhum tempo, de cuidar como há muitos pregadores no inferno, que
tiveram mais graça de pregar que vós, e que em suas pregações fizeram mais
fruto do que vós fazeis. E mais: que foram instrumento para que muitos
deixassem de pecar e, o que mais é para espantar, que foram causa instrumental
para que muitos fossem para a glória, e eles, os tristes, foram para o inferno,
atribuindo a si o que era de Deus, lançando mão do mundo, folgando de ser louvados
dele, crescendo em uma vã opinião e grande soberba, por onde se perderam.
Portanto, cada um olhe por isso, porque se bem olharmos, não temos de que nos
gloriar se não for das nossas maldades, que só estas são nossas obras. Porque
as boas obras Deus as faz, para mostrar sua bondade para nossa confusão, vendo
que por instrumentos tão vis se quer manifestar aos outros.
...FRANCISCO
117.1 ...olhai por vós, humilhando-vos interiormente tudo
quanto em vós for, regendo-vos pelas regras de humildade..., tirando fruto delas.
Vossas meditações, boa parte delas, sejam em meditar e imprimir na vossa alma os pontos que vos deu Deus a sentir e vos dará, por sua misericórdia, ao meditar em os pontos que vos dei.
Vossas meditações, boa parte delas, sejam em meditar e imprimir na vossa alma os pontos que vos deu Deus a sentir e vos dará, por sua misericórdia, ao meditar em os pontos que vos dei.
Afastar-se de negócios seculares, ser
prudente no trato com a gente, dedicar-se à juventude do colégio
117.26. De todos
os negócios seculares vos desocupareis, dando a entender às gentes que vos
ocupam em semelhantes coisas, que estais ocupado em estudar as pregações e em
confissões e coisas espirituais, e que não podeis deixar o espiritual pelo
temporal, que é contra a obra da caridade. De maneira que, todos os negócios
temporais deitareis fora de vós, porque estes são os que perturbam muito e
daqui vêm os homens a desinquietar-se em religiões e meter-se no mundo.
27.
Olhai muito, na conversação das gentes, como conversais com elas, porque muitos
há que se chegam com diversos fins: uns com fim de se aproveitarem no
espiritual, outros no temporal. Muitos há que se chegam às confissões para
declarar suas necessidades temporais, mais que as espirituais. Destes vos
guardareis muito e lhes dareis logo desengano, dizendo-lhes que nem com esmolas
temporais nem com favores humanos os podeis ajudar. Não percais com estes o
tempo, porque estes não sentem as necessidades do espiritual. Estas regras
guardareis, assim com os homens como com as mulheres e, geralmente com todos,
porque estes nunca se aproveitam no espírito e são instrumentos para vos
meterem no mundo, para impedir o fruto espiritual. Olhai que cumprais muito bem
isto, porque sei quanto vos é necessário. Não vos dê nada que, os que não vêm
com boa intenções, murmurem de vós. Não enxerguem em vós, os mundanos, que
lhes tendes medo, porque isto é participar muito do mundo e ter mais conta com
ele que com Deus e com a perfeição.
Procedimento com mulheres (Precauçoes para evitar mal-entendidos)
118.1. Com todas
as mulheres, de qualquer estado e condição que sejam, conversar com elas em
público, como na igreja, nunca indo a suas casas. Salvo se for em necessidade
extrema, como quando estão doentes para se confessar.
Quando às suas
casas em extrema necessidade fordes, será com seu marido, ou com aqueles que
têm cargo da casa, ou com vizinhos que têm cargo da casa.
Quando for
para alguma mulher que não é casada, ir com alguém a sua casa que seja
conhecido por bom homem, ou na vizinhança ou na terra, para evitar todo o
escândalo. Isto entendo, para necessidade grande que para isso suceder. Porque,
estando de saúde, virá à igreja, como acima digo.
2. O menos que
se puder, se farão estas visitas. Porque se aventura muito e se ganha pouco em
acrescentar o serviço de Deus.
3. Por serem as mulheres geralmente
inconstantes e perseverarem pouco e ocuparem muito tempo, com estas vos havereis
desta maneira: se forem casadas, procurar muito em trabalhar com seus maridos
que se cheguem a Deus. Gastar mais tempo em frutificar nos maridos que nas
mulheres, porque daqui se segue mais fruto, por serem os homens mais constantes
e depender deles o governo da casa. Desta maneira se evitam muitos escândalos
e se faz muito fruto.
Prudência e bondade com o mundo
118.9. Olhai que
useis de muita prudência com este mau mundo, olhando muito as coisas por vir,
porque o diabo nunca dorme! Sabei certo que é grande imprudência não temer os
inconvenientes que se podem seguir nas obras que fazemos, ainda que vão
ordenadas com bom zelo. À míngua de prudência, não olhando os inconvenientes
por vir, se seguem muitos males algumas vezes.
10. Olhai que
nunca repreendais ninguém com ira! Porque destas repreensões nunca se segue
fruto em pessoas do mundo, atribuindo tudo à imperfeição e não atribuindo nada
ao zelo com que se diz, por serem eles muito imperfeitos.
Boas relações com os religiosos e sacerdotes a todo o custo
11. Com Frades
e Padres, sempre vos humilhareis e abaixareis, [não] dando lugar à ira e
paixão2: isto entendo, não somente quando sois vós o culpado, mas antes quando
estais sem culpa e eles são os culpados. Não queirais maior vingança que
calar-vos com razão, quando a razão não é ouvida nem tem valia. Tende piedade
deles quando fazem o que não devem porque, tarde ou cedo, de Deus lhes há-de
vir o castigo: muito maior do que vós ou eles cuidam. Por isso, rogai sempre a
Deus por eles, havendo deles piedade. Não busqueis outras vinganças, nem de
cuidos, nem de falas, nem de obras, porquanto são perigosos e danosos, que
tudo o mais é carne e sangue.
12. Sabei
certo e não duvideis: que muitas graças e mercês faz Deus às pessoas que são
perseguidas por seu amor, havendo [elas] respeito aos que as perseguem. Se com
paciência sofrerdes as perseguições, Deus terá especial cuidado em confundir
os que vos perseguem, impedindo as obras pias; o que deixará Deus de fazer se
vós, ou por cuidos, ou por obras, ou por falas, vos quereis vingar.
GESTOS DE HUMILDADE DE XAVIER
Por seus pecados e os de Diogo Pereira seu amigo, foi impedida a embaixada
portuguesa à China
1. Pois os vossos pecados e os meus foram tão grandes,
por respeito dos quais Deus Nosso Senhor não se quis servir de nós, não há a
quem dêmos a culpa, senão a nossos pecados, E foram os meus tamanhos(*?ou
seja, imensos pecados), que abrangeram(*vieram) para
minha perdição e vossa destruição (*Ruína).
COMO ADMINISTRADOR-PROVINCIAL NÃO ADMITIA DESOBEDIÊNCIA E DESORDEM
A humildade sem desculpas só nos prestigia e dá autoridade
COMO ADMINISTRADOR-PROVINCIAL NÃO ADMITIA DESOBEDIÊNCIA E DESORDEM
A mesma repreensão a Gonçalo Fernandes seu companheiro
113.3. Gonçalo
Fernandes7 parece-me que também é da vossa condição, mal sofrido e pouco
paciente e, com achaque8 do serviço de Deus Nosso Senhor, encobrir vossas
impaciências, dizendo que vos move a fazer o que fazeis o zelo de Deus e das
almas. O que, com humildade, não acabardes com o vigário, não haveis de acabar
com desavenças.
Peçam perdão ao vigário
4. Pelo amor e
obediência que teríeis ao Padre Inácio vos rogo que, vista esta carta, vades ao
vigário e ponhais ambos os joelhos em terra e lhe peçais perdão de todo o
passado e lhe beijeis a mão. Mais consolado seria se lhe beijásseis os pés e
lhe prometesseis que, o tempo que lá haveis de estar, em nenhuma coisa lhe
saireis da vontade. Crede-me que, à hora da vossa morte, haveis de folgar de
ter feito isto. E confiai em Deus Nosso Senhor e não duvideis: que senão quando
Deus vir vossa humildade e à gente for manifesta, tudo o que pedirdes, para o
serviço de Deus e da salvação das almas, vos será outorgado.
5. Vós e
outros nisto claramente errais: que, sem terdes muita humildade e dar grandes
sinais dela às gentes com quem conversais, quereis que o povo faça o que pedis,
como a irmãos da Companhia. Não vos lembrais nem fazeis fundamento nas virtudes
do nosso Padre Inácio, pelas quais Deus lhe deu tanta autoridade com o povo.
Assim que, quereis usar da autoridade do povo e esquecer-vos das virtudes que
são necessárias para que o povo vos obedeça o que dizeis.
6. Bem sei certo
que, se presentes estivéssemos, me diríeis que não tendes culpas no que tendes
feito, senão que, por amor de Deus e da salvação das almas, o fazeis. Sabei
certo e não duvideis que nenhuma desculpa vos receberia e com nenhuma coisa
tanto me desconsolaríeis como com justificar-vos; e assim, também confesso que
com nenhuma coisa tanto me consolaríeis que com acusar-vos.
Humildade e mansidão sobretudo com pessoas que têm mando
7. Sobretudo
vos rogo que com o vigário, padres9, capitães10 e pessoas que têm mando na
terra, não tenhais desavenças manifestas, ainda que vejais coisas mal feitas.
Aquelas que boamente puderdes remediar, remediai, e não ponhais em perigo de
perder tudo com desavenças, o que boamente poderíeis com humildade e mansidão
acabar.
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