Cronologia Xaveriana

CRONOLOGIA DA VIDA DE XAVIER


1506 



1552

Dia
Mês
Ano
Acontecimento
07
Abril
1506
Nasce no Castelo de Xavier, Navarra, Espanha
11
Junho
1515
Anexação do REINO DE NAVARRA pela Coroa de Castela
16
Outubro
1515
É sacudido pela morte do pai D. João de Jasso

Março
1516
Primeiro levantamento dos Navarros contra CASTELA
11
Março
1516
Destruição de todas as fortalezas de Navarra incluindo o castelo de JAVIER e a torre

Maio
1521
Segundo levantamento dos navarros contra CASTELA

Dezembro
1523
os irmãos Xavier (Miguel e João) excluídos da anistia de Carlos V
23
Março
1524
Rendição de FUENTERRABÍA e anistia aos dois irmãos de Xavier


1524/25
Reconstrução do Castelo de JAVIER


1524
Aos 18 anos, após concluir os estudos básicos, o jovem Xavier parte para a França, pais vizinho da Espanha, com intenção de estudar na Universidade de París, cujo prestígio é a altura da sua família real.
01
Outubro
1524
Chega a Paris como simples estudante, e aí permanece como Mestre (professor da Universidade) até 1536, num período de 12 anos.


1525/30
estudos de Filosofia no Colégio S. Bárbara (dir. Diogo de Gouveia).


1525/26
receia a vida noturna do Bairro Latino e prefere o desporto


1526
se forma em Filosofia com os graus de Bacharel
29
Julho
1529
Morte de sua mãe Maria de Azpilcuetra   ???????????

Setembro
1529
Xavier conhece, no mesmo Colégio, Inácio de Loyola, responsável por sua conversão.

Março
1530
Francisco de Xavier, Mestre em Artes (Filo­sofia)

Outono
1530
Regente de Filosofia no Colégio de Beauvais

Fevereiro
1531
Reivindicação jurídica do seu título de no­breza


1532/33
Início da sua conversão: Começa a dar-se conta de más companhias heréticas, graças a Inácio
20
Março
1533
Forte abalo pela morte da sua irmã clarissa com fama de santidade. Madalena. Foi esta irmã que, em momentos de apuros econômicos de Xavier em Paris, escreveu à família que não deixasse de custear os estudos do Francis­co, «porque esperava em Deus que havia de ser uma coluna na sua Igreja»

Setembro
1533
Inácio, enfim, conseguiu esta conversão. Francisco Xavier  tinha 27 anos de idade. Logo faz fervoroso mês de Exercícios Espirituais orientados por Inácio de Loyola.
15
Agosto
1534
Faz em Monimarire os votos de obediência, pobreza, castidade e ida à Terra Santa.


1535/36
Estudante de Teologia, como preparação para o sacerdócio
25
Março
1535
Escreve uma carta (nº 01) a seu irmão João de Azpilcueta, por mão de Inácio de Loyola.

Novembro
1536
Renúncia à oferta de canonicato no bispado de PAMPLONA
15
Novembro
1536
Partida de Paris para VENEZA na Itália, com intenção de irem em missão para Israel, a Terra Santa. A peregrinação a pé durou 1 mês e 23 dias com muitos obstáculos e agravos para a saúde dos jesuítas, entre eles Xavier.
08
Janeiro
1537
Chega a Veneza e se encontra com o Mestre Loiola
08

janeiro
a março de
1537
No hospital em Veneza: Depois de reencontrar Inácio, - (pois este tinha ido a Espanha e não os acompanhou da França a Veneza) -. Permaneceram alguns dias em Veneza até que fosse possivel fazer a viagem para Roma, então foram distribuídos pelos hospitais de Veneza, coube a Francisco o dos leprosos. Inácio levou-os a Roma para receberem a bençãzo do Papa e permissão para irem a terra Santa. Saíram de Veneza no fim da quaresma, tudo indica que foi em março e em 03 de abril receberam a benção do Papa, mas não poderam embarcar para a Terra Santa porque havia guerra naquela região, então retornaram em maio a Veneza.

Março - Maio
1537
A caminho de ROMA, para pedirem ao Papa licença de peregrinação à Terra Santa e de receberem a ordenação sacerdotal sem ligação a qualquer diocese.
A intenção era, em linguagem paulina, «continuar o que falta à Vida pública de Cristo pelo seu corpo que é a Igreja» como «companheiros de Jesus», pelos mesmos caminhos «cidades e aldeias por onde Cristo Nosso Senhor pregava». Para isso faziam voto de castidade para receber o sacerdócio, voto de pobreza para viver como o Mestre e voto de irem para a Palestina com o propósito de lá ficarem para sempre. Caso não conseguissem lá chegar dentro dum ano, por causa da guerra com os turcos, ir-se-iam pôr à disponibilidade do «Vigário de Cristo» para servir o Reino de Deus onde ele quisesse.
É a primeira das cartas que se conservam.
Em Veneza, dedica-se com os companheiros ao serviço dos doentes nos hos­pitais da cidade onde se hospedaram. Xavier no «Hospital dos incuráveis».
03
Abril
1537
Xavier e seus companheiros recebem em Roma a Benção e a ajuda de 60 Ducados do Papa Paulo III

Maio
1537
Na Itália: Retorno de Roma a Veneza
Enquanto aguardavam permissão, pois a terra Santa (Israel) estava em guerra, voltaram de Roma para Veneza onde foram ordenados Padre. Lá voltou a morar no hospital dos leprosos. Em 24 de junho de 1537, foram ordenados.
Depois disso Xavier fez um retiro de 40 dias em preparação para celebrar a primeira missa, pois já era sacerdote.
24
Junho
1537
Ordenação sacerdotal de Francisco Xavier juntamente com os companhei­ros em VENEZA. Recebe as Ordens Sacras e as de Missa das mãos do Arcebispo de Arba.

Julho
1537
Sinais de guerra com os turcos impedem a travessia para a Terra Santa

Verão
1537
Depois da ordenação, Xavier vai para uma região deserta em MONTSELICE (na Itália) e permanece isolado do mundo durante 40 dias de, numa ermida abandonada e em ruínas para preparar-se para a primeira Missa e Vida Pública sacerdotal

Setembro
1537
Primeiros ensaios de Vida Pública sacerdo­tal com pregações nas praças
30
Setembro
1537
Depois partiu para Vicência para uma reunião com Inácio e os demais membros da Companhia, e então celebrou em 30 de setembro a primeira missa., ordenados por Inácio de Loiola. Bolonha em missão
Primeira Missa no mosteiro abandonado de San Pietro in Vivarolo. Decisão de se dispersarem pelas cidades universitárias para conquistar novos «companheiros», enquanto esperavam embarque para a Palestina

Outubro a abril
1537 a 1538
Continuação da Vida Pública sa­cerdotal em BOLONHA, onde conquista Doménech para o grupo de «companheiros de Jesus»
Tendo-se hospedado com Simão Rodrigues num hospital, despertou-o gri­tando em sonhos: «Mais, mais, mais !». Só mais tarde, ao embarcar para a Índia, lhe revelou a que se referia: «Via eu então (se em sonhos ou desperto não o sei, Deus o sabe) os grandíssimos trabalhos, fadigas e aflições que por fome, sede, frios, viagens, naufrágios, traições, perseguições e perigos se me ofereciam por amor do Senhor, e que o mesmo Senhor me concedia então a graça de que nada disto me bastava, e eu pedia mais e mais com aquelas palavras que vós ouvistes». Muitas vezes, ao levantar, dizia a outro companhei­ro: «Jesus, que moído estou! Sabeis que sonhava que levava um índio às costas e que pesava tanto que não conseguia levá-lo ?»
Nas praças da cidade de Montselice, próxima da ermida em que se tinham retirado
Vendo que a guerra em Israel não cessava, Inácio chamou-os a Vicencia afim de irem a Roma entregar-se a disposição do Papa para onde quisesse envia-los, então refizeram uma jornada menor e chegaram a Roma.
O rei de Portugal pediu alguns missionários ao Papa para evangelizarem as novas terras conquistadas (às Índias). Então o Papa sugeriu a Inácio se podesse enviar seu discípulos. O qual dispôs apenas 02, entre eles Xavier.

Abril
1538
Desfeito o sonho da Terra Santa, dirigem-se para ROMA.

Novembro
1538
A grande decisão de entrega à disponibilida­de do Papa

Março a Junho

Deliberações sobre a organização do grupo em Instituto
04
Agosto
1538
D. João III  (Rei de Portugal) pede ao papa missionários para a Índia
03
Setembro
1538
Aprovação oral do Instituo da «Companhia de Jesus»


1539/40
Com a aprovação do papa, Inácio começa a organização administrativa da Companhia de Jesus e designa Xavier como secretário.
14
Março
1540
Xavier é destinado para a Índia
15
Março
1540
Parte de Roma para Lisboa, capital de Portugal, depois de escolhido pelo seu Superior Inácio de Loiola em substituição de Bobadilha
Bobadilha estava destinado para a Índia e devia partir de Roma a 15 de Março com D. Pedro de Mascarenhas, embaixador português na cidade eterna. Como, porém, a 13 ou 14 de Março tinha chegado de Nápoles a Roma cheio de febre e a juízo do médico estava incapaz de fazer viagem, foi Xavier destinado à Índia, quase à última hora (cf. Bobad. Mon. 22; RODRIGUES, Hist. I). Não estando então a Companhia ainda juridicamente fundada, nem o Superior Geral ainda eleito, Xavier, antes da sua partida, deixou estas três declarações que a seguir pu­blicamos. Nelas, dá a sua aprovação às futuras Constituições que forem feitas quando a Companhia vier a ser confirmada por Bula pontifícia, dá o seu voto para a futura eleição do Superior Geral e subscreve a fórmula dos votos religiosos que haverá de fazer nas mãos do Superior Geral. (carta nº 04)
21 a 31
Março
1540
Ainda na Itália: de Roma a Bolonha: Passou por Loreto onde celebrou no domingo de Ramos (21/03) e seguiu para Bolonha no norte da Itália, onde já havia pregado santamente antes, parou por poucos dias, afim de saudar e despedir o povo que o amava muito. Ainda celebrou missa. Recebeu uma carta de Inácio de Loyola (28/03) e depois lhe escreve, a 31 de março, a primeira de muitas cartas a seu pai espiritual, Inácio.
Trabalhos pastorais em Bolonha: “Cá, em Bolonha, estou mais ocupado em ouvir confissões14 do que estava em São Luís15. Recomendai-me muito a todos, pois é verdade que não é por esquecimento que deixo de os nomear.”

Abril
e maio
1540
Passagem pela França e Espanha: região de Navarra
Continuando a viagem, seguem a pé, na comitiva do Embaixador D. Pedro de Mascarenhas, passando pelo sul da França, norte de Espanha (por Loyola), perto de Pamplona, capital do Reino de Navarra, próximo do Castelo de Xavier, há poucos quilômetros de seus familiares, mas não aceita ir até seus familiares, como propôs o embaixador, para não perderem tempo e segue em direção a Lisboa em Portugal, onde anseia embarcar logo para a  grande missão nas índias onde devia ser enviado.
15 a 23
Março
a
junho
1540
PEREGRINAÇÃO COMPLETA:“Muitos e contínuos foram os benefícios que Cristo Nosso Senhor nos fez, na vinda de Roma para Portugal. Tardamos no caminho, até chegar a Lisboa, mais de três meses1. Em tão longo ca­minho e com tantos trabalhos, vir sempre com muita saúde o senhor Embaixador2 e toda a sua casa, desde o maior ao mais pequeno, coisa é para dar muitos louvores e graças a Cristo Nosso Senhor”. doc. 06
23
Junho
1540
Na companhia do Embaixador Português chega a Lisboa, vindo de Roma por via terrestre. começou sua missão servindo no palácio do rei, como confessor, conselheiro do rei e além das pregações e batismo que realizava. Com tamanhas virtudes quiseram deixa-lo em Portugal, auxiliando a corte com os serviços religiosos. Mas depois fora enviado as Índias, depois de um ano de preparação da frota. Com o Pe. Simão Rodrigues vai servir no Hospital de Todos-os-Santos.
07
Julho
1540
Paulo III promulga 4 Breves Papais em nome de Xavier

Fevereiro
1541
Despedidas do Rei e da corte em ALMEI­RIM-Portugal.
Recebe, entretanto, a notícia da aprovação oficial da Companhia de Jesus em 27 de Setembro de 1540, pela Bula Regimini militantis Ecclesiae do Papa Pau­lo III.
Na audiência de despedida, com grande surpresa sua, o Rei entrega-lhe 4 Breve, de S.S.Paulo III: no 1.° designando-o Núncio in Omnibas Portugaliae Conquistis ultra et citra Caput Bonnue Spei; no 2.° concede-lhe amplos poderes para estabelecer e manter a Fé no Oriente; no 3.g recomenda-o a David, Imperador da Etiópia e no 4.° aos Principes e Soberanos da África Oriental, das regiões do Mar Vermelho e Golfo Pérsico, e das Índias (aquém e além do Rio Ganges)
23
 a
07
Junho
a
Abril
1540
a
1541
Francisco Xavier permaneceu em Portugal nove meses e meio, enquanto aguardava os preparativos, e condições favoráveis do tempo, da corte portuguesa para partida da frota. Enquanto isso fez uma intensa atividade sacerdotal, além de servir como “capelão” da corte do rei. O monarca, vendo as virtudes de santidade de Xavier, quis detê-lo, achando que servia melhor em Portugal e Xavier via sua pretensão de ir às Indias impossibilitada. Por obediência, não opinou suas preferencias perante o rei, a não ser nas suas orações e a Inácio, que tempos depois, escreve ao rei ordenando-lhe enviar Xavier para as Índias.
07
abril
1541
Depois de longos meses de preparativos  e espera em Lisboa (Junho-Abril) e por causa de ventos contrários e da guerra que se preparava no norte de África, a frota só pôde partir a 7 de Abril de 1541  para a Índia, precisamente no dia em que fazia 35 anos. Por conveniência para a Missão, entendeu-se que era melhor ficar Simão Rodrigues em Portugal a preparar mais missionários para o futuro e ir apenas ele. O acompanham 02 companheiros, candidatos a jesuitas: Pe. Paulo Camerini (ou Camerte) e Irmão Francisco Mancias (ou Mansilhas). Pensava ele que ia apenas abrir caminho a novos missionários jesuítas. Mas, na despedida, com grande surpresa sua, o Rei entrega-lhe 4 Breves pontifícios em que o Papa o nomeia Núncio apostólico para todo o Oriente, lhe confere todos os poderes que para isso necessita e o recomenda a todos os reis cujos países vier a visitar (cf. Xavier-doc. 121).
07 a fim
Abril
a
setembro
1541
No mar do continente africano: “Andei no mar enjoado dois meses, passando muito trabalho quarenta dias na costa da Guiné, tanto por grandes calmarias como por não ajudar-nos o tempo3. Quis Deus Nosso Senhor fazer-nos [esta] tão grande mercê de trazer-nos a uma ilha, na qual temos estado até ao dia presente”. “Na viagem por mar, preguei todos os domingos” - Carta 13.
Os calores e calmarias ao largo da costa da Guiné, eram quase todos os anos molestíssimos para as naus que por ali passavam. O médico, Dr. Saraiva, que viajava com Xavier para a Índia, atesta que na­quela armada só morreram 40 ou 41 homens, graças a Xavier (MX II 188). Xavier, referindo-se talvez a toda a viagem, calcula que morreram 80.
fim

27
agosto
a
fevereiro
1541

1542
A primeira paragem foi na ilha de Moçambique, onde tiveram de invernar para tratar dos doentes e esperar monção para a armada prosseguir. Dali escreveu as primeiras notícias da viagem aos companheiros de Roma (Xavier-doc. 13). Durante 6 meses exerce o apostolado cristão de caridade para com o próximo.
carta nº 15, diz Xavier: “Nós pousámos [morámos] sempre no hospital com os enfermos, tendo cargo deles. Micer Paulo e Mansilhas, ocupavam-se das coisas corporais; e, eu, em confessar e dar a comunhão de contínuo, não podendo acabar de cumprir com todos. Aos domingos, costumava pregar: tinha muito auditório por estar o senhor Governador presen­te. Era muitas vezes importunado de ir confessar fora do hospital; e não podia deixar de ir quando algum homem de [má] maneira esta­va enfermo, ou em qualquer outra necessidade [que] se oferecesse. De maneira que não faltaram ocupações espirituais, todo o tempo que estivemos em Moçambique. O senhor Governador e todos os nobres nos mostravam muito amor e vontade, e toda a gente de guerra. Pela graça de Deus Nosso Senhor, à edificação de todos eles estivemos, naquela ilha, por espaço de seis meses”.
27
a
06
Fevereiro
a
maio
1542
Deixando na ilha os dois companheiros a tratar dos doentes, tomou uma nau dianteira com Martim Afonso de Sousa, que ia tomar posse de novo Governa­dor da Índia. Fizeram escala em MELINDE (no Quênia) e SOCOTORÁ (Ilha do Iêmen), onde pararam poucos dias, até segui, em auto mar, na direção da Índia. Viagem marítima de mais de dois meses.
06
Maio
1542
chegada a GOA a 6 de Maio de 1542. “pusemos, no caminho, um ano e mais, de Portugal à Índia, onde comumente não costumam pôr mais de seis meses”- carta 15-. A primeira visita foi para o Bispo de todo o Padroado missionário do Oriente, a quem apresentou as suas credenciais de Núncio, numa atitude de comovente humildade e total submissão que logo lhe conquistou a amizade. A seguir visitou as outras autoridades civis e eclesiásticas das diversas instituições sociais da cidade, a quem ofereceu a sua cola­boração.
14
Maio
1542
Em Goa, Xavier logo começou a ensinar a doutrina cristã. Logo, na semana seguinte, fez publicar um catecismo breve (resunido). Este catecismo breve, de que se servia, é quase igual ao que em 1539-1540 publicou em Lisboa o célebre cronista da Índia, João de Barros. Como, porém, além das partes tomadas do de Barros, inclui outras novas acomodadas à Índia, é pro­vável que o tenha composto logo ao chegar a Goa, a não ser que já na viagem o tenha feito
06
a 21
Maio
a Setembro
1542
Durante os quatro meses e meio que aí passou, à espera de nau para a Missão do Cabo de Comorim a que estava destinado, dedicou-se ao trabalho sacerdotal com doentes, presos, leprosos e, sobretudo, à catequese da população cristã, para a qual acomodou o Catecismo popular (Xavier-doc. 14).
Intenso apostolado sacerdotal e caritativo em toda a cidade: Cadeia; hospital da Misericórdia, onde se hospeda; Colégio da Santa Fé (S. Paulo), ainda em começos, para formação de clero, catequistas e intérpretes de todas as línguas; capelas da cidade; Lazareto de leprosos…
Aproveitou para escrever três cartas: uma, aos companheiros de Roma, a contar mais pormenores da viagem e da actividade em Goa; outra a Iná­cio a pedir colaboradores para o Colégio de S. Paulo, recentemente fundado pela Irmandade da Santa Fé, para a formação de clero e laicado indígena; e mais outra ao mesmo Inácio a pedir certas indulgências e licenças ao Papa (Xavier-doc. 15-17).
21
Setembro
1542
Acompanhado apenas por 3 alunos indígenas do colégio de S. Paulo, como intérpretes e catequistas, parte para o Cabo de Como­rim na ponta sul da Índia, a tomar posse da Missão da Costa da Pescaria, no lado oriental desse Cabo. Ali encontra uma cristandade de 20.000 paravas que, desde a sua evangelização em 1535, estava sem missionários (Xavier-doc. 19).
Saiu de goa, com a permissão do vice-rei, depois que o mesmo xavier sugeriu sua vontade, e o rei então concedeu. Foi de navio até o porto de manapar,que fica perto de tuticorim, onde seguiu a pé até Tuticorim. Passou por alguns lugares de cristãos entre essas cidades (Manapar e Tuticorim) eram estes os lugares de paravas: Âlantalai, Tiru­chendûr, Vîrapândyanpattanam, Talambuli, Punnaikâyal (Punicale), Palayakâyal (Cael Velho). Além disso viviam só maometanos em Kâyalpattanam e careas em Kombuturê.
O Cabo de Comorim, em sentido amplo, abrangia todo Sul da Índia: do lado oriental, a costa da Pescaria e, do lado ocidental, a costa de Travancor.
05
Outubro
1542
Parte para a Costa da Pescaria (2.ª Jornada de Evangelização). (lado oriental do Cabo Comorim). Vindos noutra nau atrasada, chegam a Goa Paulo Camerino e Mansilhas. (Manapar, pois era este o primeiro porto a que aportavam as naus vindas da costa ocidental (cf. PATE, l.c. 501). Dali foi Xavier por terra a Tuticorim, pois diz que visitou vários lugares de cristãos antes de lá chegar

Outubro

Fevereiro
1542
a
1543
Ficou quatro meses em TUTICORIM.
Carta 19 – “Nestes lugares, não habitam portugueses, por ser a terra muito estéril, em extremo, e paupérrima. Os cristãos destes lugares, por não haver quem os ensine na nossa fé, não sabem mais dela que dizer que são cristãos. Não têm quem lhes diga Missa7, nem menos quem lhes ensine o Credo, Pai-nosso, Ave-Maria, nem os Mandamentos...Quando chegava aos lugares, não me deixavam, as crianças, nem rezar o meu Ofício, nem comer, nem dormir, sem que lhes ensinasse algumas orações”.

Março a Setembro
1543
Missão entre os paravás da COSTA DA PESCARIA. De Tuticorim, visitou as aldeias vizinhas: a norte de Tuticorim eram estas: Vaippâr, Chetupar, Vêm­bâr. A sul, até Manapar (cf. Xavier-doc. 19,8). De Manapar para sul: Puducare, Periya Tâlai, Ovari, Kûttankuli, Idindakarai, Perumanal, Kûmari, Muttam, Kan­niyâkumâri (Cabo de Comorim), Kovakulam, Râjakkamangalam, todas aldeias de paravas
Carta 20 – “juntei os que entre eles eram mais sabedores e escolhi, pessoas que entendessem a nossa língua e a sua. Depois de as ter traduzido na sua língua e sabê-las de cor, ia por todo o lugar (*em  Tuticorim) com uma campainha na mão, juntando todos os moços e homens que podia e, depois de os ter juntado, ensinava-os cada dia duas vezes”. É tão grande a multidão dos que se convertem à fé de Cristo, nesta terra deles onde ando, que, muitas vezes, me acontece sentir cansados os braços de batizar; e não poder falar de tantas vezes dizer o Credo, os Mandamentos, na sua língua, e que coisa é paraíso, e que coisa inferno, na qual lhes declaro o que quer o cristão, quais são os que vão a um e quais a outro”.
Xavier encontrou na Pescaria cerca de 20.000 paravás já batizados, há trinta povoações de cristãos; em fins de 1544 tinha ele batizado em Travancor uns 10.000 macuas. Por alturas da sua morte, em 1552, a Pescaria e Travancor somavam à volta de 50.000 cristãos
ü   Coulão era uma povoação importante, por estar perto da Pescaria e porque o seu capitão tinha alguma jurisdição sobre os cristãos de Travancor (cf. MX I 54--55). Ali tinha também a sua sede Iniquitriberim (Rama Varma).

ü  Punicale (Punnaikâyal, ou Kâyal-novo, Trichendur Taluk), grande loca­lidade de paravas, entre Manapar e Tuticorim, na foz do rio Tâmbraparni,

ü  Punicale, estava a 30 km de Manapar e estava situada numa ilha da foz do rio Tâmbraparni
Manapar
ü  Manapar (Manappâd, Trichendur Taluk), grande localidade de paravas, entre Punicale e o Cabo de Comorim, em 1644 tinha 2.513 habitantes e, em 1914, andava pelos 2.942. No sopé do Cabo encontra-se a gruta em que, segundo a tradição, Xavier habitou e celebrou Missa.

ü  Manapar era o primeiro porto a que aportavam as naus vindas da costa ocidental. Dali foi Xavier por terra a Tuticorim, pois diz que visitou vários lugares de cristãos antes de lá chegar.

ü  Entre Manapar e Tuticorim eram estes os lugares de paravas: Âlantalai, Tiru­chendûr, Vîrapândyanpattanam, Talambuli, Punnaikâyal (Punicale), Palayakâyal (Cael Velho). Além disso viviam só maometanos em Kâyalpattanam e careas em Kombuturê.

ü  Livare, «provavelmente Koulasegarapattanam, pequeno porto de mar perto de Manapar, onde há 800 cristãos paravas. O lugar chama-se também Levâdhi»

ü  Virapândyanpatanam («cidade do próprio Vira Pândya»), ao norte de Tiru­chendûr (Trinchendur Taluk) em 1644 tinha 2.420 habitantes, 2.433 em 1931, quase todos eles paravas
fim
Outubro
1543
Retorno a Goa: Como Superior da Missão, passado um ano, volta a Goa, em fins de Outubro de 1543, para recrutar ajuda. Encontra ali os dois companheiros, que entretanto tinham chegado de Moçambique, e destina Micer Paulo a colaborar no colégio de S. Paulo e noutras obras da Irmandade da Santa Fé e Mansilhas a ir consigo para a Missão da Pescaria. Em Goa, pelas primeiras cartas chegadas da Europa, recebe a notícia da aprovação oficial da Companhia de Jesus (Bula de 27.Set.1540) e da eleição de Inácio como primeiro Superior Geral.

Novembro
1543
Xavier faz a sua profissão religiosa oficial com o Bispo, após receber uma carta enviada por Inácio de Loyola, que falava da aprovação da Companhia de Jesus. Esta carta demorou 1 ano e 10 meses até chegar nas mãos de Xavier. Foi escrita em 13 de janeiro de 1542 e só chegou a ìndia em novembro de 1543. Que dificuldade! Como responde Xavier 02 meses depois a Inácio. Imagine quanto tempo tornou a levar para chegar nas mãos de Inácio em Roma: “Há dois anos e nove meses que parti de Portugal e, desde então, vos escrevi de cá três vezes com esta1. Só umas cartas vossas recebi, desde que estou cá na Índia, as quais foram escritas a 13 de Janeiro do ano de 1542. A consolação que recebi com elas, Deus Nosso Senhor sabe. Estas cartas entregaram-mas haverá dois meses3. Chegaram tão tarde à Índia, porque o navio em que vinham inver­nou em Moçambique”.
fins
Dezembro

Recebeu alguns novos missionários que pediu a inacio em cartas anteriores e também cartas de inácio e logo retornou para a missão do cabo comorim, parando em cochim e seguiu ao sul da índia  até manapar
Regressando com Mansilhas à Costa da Pescaria, distribuídos ambos por distintos lugares e surpreendidos por guerras entre os senhores da região, desen­volvem imensa atividade de evangelização e apoio às populações, relacionando-se apenas por correspondência quase diária (Xavier-doc. 21-44).

Ano todo
1543
Em 1543, Xavier não escreveu nenhuma carta, ou pelo menos, não se conservou. Um dos motivos, foi a grande ocupação visitando dezenas de comunidades na Costa da Pescaria, região mais pobre da Índia, e com isso, devia estar distante do porto, o que impedia enviar correspondências por navios.
03
Janeiro
1544
Chegou (escala) em Cochim. Recebe  esperançosas notícias dos mari­nheiros, no porto, sobre o Extremo Oriente,(Molucas) de onde vinham. Também Xavier escreveu uma longa carta sobre a Missão da Pescaria aos seus companheiros (Xavier-doc. 20).
Em Cochim, hospeda-se em casa do pároco, visita o convento dos franciscanos e despacha correio nas naus que partem para a Europa.
Ia entregar uma carta de D. João III ao rei de Kôttê que os franciscanos tentavam converter. Pendência)

Janeiro
1544
escala na missão dos franciscanos em CEI­LÃO

Fevereiro
1544
Retoma a missão na COSTA DA PES­CARIA
Traz consigo Mansilhas, recém ordenado em Goa, o sacerdote espanhol Juan de Lizano e o soldado João de Artiaga como auxiliar. Fixa Mansilhas em Punicale e visita todas as povoações por onde andou fazendo ronda pelas fortalezas portuguesas a pedir protecção aos cristãos. Mantem intensa troca de cartas com Man­silhas, na articulação da missão: (Cartas 21-44).
Nas guerras da região, entre os senhores da costa da Pescaria (oriental) e da costa de Travancor (ocidental), ambos os beligerantes procuraram apoio dos por­tugueses por mediação de Xavier. O Governador acabou por favorecer os senhores de Travancor e Coulão aliados. Estes, agradecidos a Xavier, deixaram-no evange­lizar à vontade os macuas da costa de Travancor, com tal sucesso que em pouco tempo batizou 10.000 novos cristãos e teve de pedir ajuda a Mansilhas que vinha a Goa receber a ordenação sacerdotal (Xavier-doc. 45).
  • PU­NICALE (23/fev/1544),
  • MANAPAR (14/03 a 08/04));
  • LIVARE (23/04),
  • NARE (01/05),
  • TUTICORIM (14/05 – alguns dias),
  • VIRANDAPATANÃO (11 de junho),
  • COMBUTURE,
Xavier nunca se demorava muito tempo em cada lugar, mas andava de lugar para lugar a visitar os cristãos (cf. Xavier-doc. 50) «sempre a pé e, às vezes, descal­ço» (MX II 378).
14 a 26
junho
1544
Deteve alguns dias em Manapar onde fez preparativos par ir para Cabo comorim para socorrer os paravás perseguidos em guerra
30
Junho
1544
“Estivemos oito dias no mar e sei agora por experiência quanto as barcas são incômodas, especialmente quando é necessário lutar contra o furor dos ventos, furor tal, que todos os esforços humanos não têm podido subjugar”.

Agosto a novembro
1544
Continuou a missão em socorro dos vitimados da guerra, indo e vindo, aos vários lugares do conflito (ou melhor, massacre sem resistência)
CABO DE COMORIM,
MANAPAR,
PUNICALE (06/08)
MANA­PAR (19 de agosto – c 34)
ALENDALE, (05/09 – carta 37-38))
TRICHENDUR, (07/09 – carta 39_
MANAPAR (10 a 12/set)
TUTICORIM (20/set)
10 a
16
Novembro a Dezembro
1544
Retorno a missão em TRAVANCOR (lado ocidental do Cabo Comorim: Seguiu de Manapar, a 10 de novembro, até ao cabo de Comorim, numa distância de 100 km, passou em 8 aldeias cristãs no período de 01 mês, e chegou a Cochim em 16 de dezembro. Passou por: Pudukare, Periya Tâlai, Ovari, Kûttankuli, Idindakarai, Peru­manal, Kumâri Muttam, Cabo de Comorim (Kanniyâkumâri). Além disso, mais duas aldeias para lá do cabo: Kovakulam e Râjakkamangalam.
Os Badegás, contra os quais as medidas do rei de Tranvancor haviam sido improfícuas, fizeram uma nova invasão à Costa e atacaram precisamente os pescadores de Travancor, do lado do Cabo Comorim. Não se tratava, pois, duma surpresa, mas sim duma guerra aberta e declarada.
O rei de Travancor reuniu as suas tropas, pô-las também em pé de guerra e marchou contra o inimigo. Anuncia-se a Xavier esta aflitiva notícia. O apóstolo cai de joelhos, e prostrando a fronte no pó, exclama: “Que os novos cristãos, tão fracos ainda na fé, não se arrependam de a ter abraçado! Que os infiéis não tenham a superioridade de oprimir aqueles que depositam as suas esperanças somente em Vós!" Depois desta oração, ergueu-se cheio de força, de coragem e de resolução; seu semblante parecia refletir um raio divino: "Segui-me! disse ele aos cristãos que o cercavam naquele momento; segui-me! Deus é por nós!"
E tomando o seu crucifixo, partiu à frente dos seus cristãos, como o conquistador marcha em busca da vitória. Chegado à planície, pela qual vinham os inimigos formados em linha de batalha, Xavier avançou até ao alcance da voz, ali se deteve, elevou o seu crucifixo, e em tom dum soberano. que fala aos rebeldes, disse: - Suspendei! Em nome do Deus vivo proíbo-vos que avanceis um só passo mais! e, em seu lugar, vos ordeno que retireis imediatamente!
Os inimigos, fulminados por aquelas palavras, não se atrevem a avançar nem podem retirar-se... “Que vem a ser isto? Gritavam os que estavam na retaguarda. Não podemos avançar um só passo, respondem os da primeira linha; temos diante de nós um gigante vestido de negro, e que lança pelos olhos flechas de fogo!”... Eis que se resolvem a fugir, e se precipitam uns sobre os outros, despedindo gritos de raiva e de terror;
Os neófitos, satisfeitos por seu lado, correm a anunciar e a propalar este maravilhoso acontecimento por todas as aldeias vizinhas; a noticia chega ao longe, e o rei de Travancor, que chegava, logo depois, à frente dos seus para combater os Badegás, exclama que quer ver o grande homem que acaba de operar aquele prodígio.
- Eu chamo-me o grande Rei e quero quede hoje em diante os meus vassalos vos chamem o grande Padre!
Com este fim, fez publicar um édito pelo qual ordenava aos seus vassalos que obedecessem ao grande Padre como a si próprio; por este édito renovava ao mesmo tempo a autorização de se poder professar abertamente a religião do seu irmão Xavier, grande Padre do reino de Travancor. Para facilitar as coisas remetia o grande Rei, repetidas, vezes, ao grande Padre, consideráveis somas de dinheiro, que ele distribuía pelos pobres.
Toda a costa de Travancor se submeteu à obediência do Evangelho à medida que Xavier a percorreu, e havendo o rei, a seu pedido, autorizado os seus vassalos a professarem abertamente o Cristianismo, foram imediatamente construidas quarenta e cinco igrejas pela piedade dos neófitos [novos cristãos]; em um mês somente baptizou o apóstolo dez mil pagãos!
Em cada aldeia que visitava, reunia todos os habitantes, homens, mulheres e crianças; conduzia-os a um campo, e ali colocava os homens de um lado, as mulheres de outro, e para ser ouvido de todos, subia a uma árvore e lhes anunciava as verdades cristãs. Era tal o entusiasmo dos pagãos quando o ouviam, que logo depois da instrução corriam aos seus pagodes e os destruíam completamente.


Dezembro
1544
 Matança de cristãos paravás em MANAR (Jaffna, norte de Ceilão).
O rei de Jafna (norte de Ceilão) tinha massacrado uma recente cristandade dos franciscanos na ilhazita de Manaar, martirizando até um irmão também cristão e tentando matar outro favorável aos cristãos, que era o rei le­gítimo. O povo manda chamar o grande padre Xavier para os socorrer.
23
Dezembro
1544
Viagem (de Cochim) a GOA para pedir protecção militar dos cristãos ao Governador.
Xavier, ao saber estas notícias, deixou Travancor e foi a Goa pedir ao Governador uma expedição militar contra o tirano usurpador (23 de dezembro). Fazendo escala em Cochim, encontrou ali o Vigário Geral Miguel Vaz, prestes a embarcar para Por­tugal a pedir ao Rei mais protecção para as Missões, e entregou-lhe quatro cartas: uma para o Rei e outra para Simão Rodrigues a recomendar-lhes o Vigário Geral; e duas para Roma, a Inácio a pedir indulgências do Papa e mais missionários, e aos companheiros a contar, além destas notícias de Travancor e Ceilão, as grandes esperanças de cristandade em Macassar (Celebes, Indonésia) acabadas de receber pelos marinheiros portugueses (Xavier-doc. 46-49).
Xavier, vendo adiar e talvez frustrar a expedição militar contra Jafna, seduzido pelas notícias sobre Macassar, escreveu, a Mansilhas, que andava em discernimen­to se era vontade de Deus que fosse explorar o Extremo Oriente (Xavier-doc. 50).

janeiro
1545
Regresso imediato de Goa para Cambaia, para encontrar o Vice-rei das Índias. Antes, porem, fez escala em Cranganor, onde demorou poucos dias, e fez mortificação corporal a fim de conseguir uma conversão, iniciada durante a viagem. Depois seguiu para Cambaia, onde conseguiu com o vice-rei, tropas para lutar contra o tirano de Jafanapatão.
Goa não era campo de missão de Xavier, mas era o ponto estratégico da administração da missão jesuíta nas índias, onde sempre para lá recorre, para assuntos administrativos (com o governador, seminário, receber missionários e escrever cartas)
~
20
Janeiro
1545
Depois de conversar com o Vice-rei, Xavier volta a Cranganor e segue para Cochim, com intenção de ir para Nagapatão, onde estava a armada (exército português). Mas ainda se deteve em missão na costa da Pescaria, enquanto se dirigia a Nagapatão, possivelmente a pé.
27


29

Janeiro
a
março
1545
Chega a Cochim e reinicia a missão. Recebe impressionantes informações do Extremo Oriente pelos marinheiros portugueses chegados a Cochim. Passa por Coulão (Índia); Colombo, Kôtté, Manar,onde demorou alguns dias com os vitimados da guerra; Jaffna (Cei­lão); Costa de Coromandel (a norte da Pescaria), Negapatão



Quando chegou a Nagapatão, teve o desgosto de saber que a armada recusava atacar o rei de Jafanapatão. Um navio português, ricamente carregado que vinha do Pegu, naufragara na costa de jafanapatão; o rei estava de posse da preciosa carregação, e os mercadores portugueses, persuadidos de que não obteriam nada, se a armada começasse as hostilidades, combinaram-se a seduzir os oficiais a preço de ouro, e estes recusavam-se ao ataque ordenado pelo vice-rei. Xavier viu nisto oposição da Providência ao plano que formara;



Como tudo parece ter sido em vão, Xavier tornou a embarcar para voltar a Tranvancor passando em frente da ilha de Ceilão. O vento, constantemente contrário, forçou o nosso Santo a voltar para Nagapatão.
Com isso, Xavier se recorda das informações que recebera poucos dias antes sobre a Ilha de Celebes na Indonésia, que pedia missionários. Exalta-se o zelo do grande apóstolo, que resolve partir no mesmo instante para Macassar, a fim de aproveitar a ocasião duma tão rica colheita, que, dizia ele, não supunha tão fácil; mas carecia antes de tudo de consultar a vontade de Deus.
29

08
Março
a
maio
1545
Mudanças de planos. Obra divina para novas missões além da Índia.
Carta 51 – “Em Negapatão estive alguns dias, e os ventos não me deram lugar para poder tornar ao Cabo de Comorim. Então foi-me forçado vir a São Tomé5”. O vento, então favorável, nas costas de Coromandel mudou repentinamente, e obrigou-os a ancorar próximo dum promontório; sete dias decorreram à espera do momento em que pudessem, sem perigo, ganhar o alto mar. O admirável Santo conservou-se por aqueles sete dias em contínua contemplação e sem tomar o mais ligeiro alimento. A 5 de Abril, tornando-se melhor o tempo, puderam levantar âncora e voltar ao mar, mas logo, Xavier prevê uma grande tempestade, e eis que esta torna a levar o navio descontrolado, de novo ao porto de Nagapatão.
Xavier tinha de fazer a sua peregrinação ao túmulo do primeiro apóstolo das Índias; para evitar novas demoras, tomou o partido de fazer a viagem por terra e a pé, não obstante a distância e as dificuldades dos caminhos.
08



fim
Maio

a

Agosto
1545
Decepção e busca de luz em SÃO TOMÉ de Meliapor para a sua missão: Chega, inesperadamente em Meliapor, na região Centro-norte da Índia oriental. Xavier estava fazendo uma última ronda pelas fortalezas portuguesas a pedir mais proteção militar às Missões e parou uns tempos no pequeno santuário do martírio de S. Tomé Apóstolo, perto de Meliapor, a pedir luz para tal discernimento onde ouve falar de Macassar (ilha de celebes na Indonésia / pertode Molucas) e quer partir. Foi de lá que escreveu aos companheiros de Goa a comunicar a decisão (Xavier-doc. 51).
Xavier toma a grandiosa, mas ainda indecisa-decisão de ir para além das índias.
fim
Agosto
1545
Novos planos, partida para MALACA: Comunicada, do santuário de S. TOMÉ Apóstolo (Meliapor), aos compa­nheiros de Goa, a decisão aí tomada de ir explorar as esperanças que se abriam ao cristianismo em Macassar (Celebes), Xavier segue viagem para Malaca em fins de Agosto de 1545, para ali esperar nau que o leve ao Extremo Oriente.
Carta 55: “Pela muita disposição que naquela terra havia, para se acrescentar nossa santa fé – segundo a informação que me deram2 – parti do Cabo de Comorim para Macassar por mar, por­quanto não se pode ir por terra. Há, do Cabo de Comorim até às ilhas de Macassar, mais de 900 léguas”.
Chegam a Goa no­vos jesuítas: PP. Criminali, Lancilotti, João da Beira.
fim

25
Agosto
a
setembro
1545
Viagem no mar entre a Índia e a Malasia. Três anos de missão intensa na Índia (região sul), enfim, Xavier deixa seus novos filhos feitos cristãos para ir mais além, em terra pagã.
25
a
01
Setembro
a
Janeiro
1545
a
1546
Desembarca em Malaca em 25 de setembro de 1545 Apostolado na cidade e mais notícias de novas messes
 “A metade do caminho, chegamos a uma cidade chamada por nome Malaca, na qual o Rei tem uma fortaleza10. O capitão dessa fortaleza11 disse-me que tinha mandado um clérigo, pessoa muito religiosa12, com muitos portugueses, num galeão bem fornecido de tudo o necessário, para favorecer aos que se fizeram cristãos e, até que tivéssemos noticias suas, não lhe parecia que [eu] devia partir para aquela ilha. Assim, estive em Malaca três meses e meio, esperando noticias dos Macassares.
Neste tempo, não me faltaram ocupações espirituais, assim em pregar nos domingos e festas, como em confessar muitas pessoas: tanto enfermos do hospital onde pousava13, como outros sãos. Em todo este tempo ensinei, aos moços e cristãos novamente converti­dos à fé, a doutrina cristã. Com a ajuda de Deus Nosso Senhor, fiz muitas pazes entre soldados e moradores da cidade. Às noites, ia pela cidade, com uma campainha pequena, encomendando as almas do purgatório, levando comigo muitos dos meninos a quem ensinava a doutrina cristã”.
01
Janeiro
1546
Partida para as MOLUCAS: Nos três meses de espera em MALACA, recebe a notícia de que D. João de Castro era o novo Governador da Índia e com ele tinham chegado mais 3 mis­sionários jesuítas: Criminali, Lancillotto e Beira. Escreve aos companheiros da Europa a contar a viagem e projectos que o trouxeram a Malaca; envia aos com­panheiros de Goa uma Instrução que fez para os catequistas das Missões jesuítas; e escreve-lhes uma carta em que destina Criminali e Beira à Missão da Pescaria e Lancillotto ao colégio de Goa, informando-os de que, não lhe sendo possível ir a Macassar (Celebes), irá às Molucas (Xavier-doc. 52-54).
01

14
Janeiro
a
Fevereiro
1546
Perigos no mar: “Em muitos perigos me vi, nesta viagem do Cabo de Comorim para Malaca e Maluco, assim entre tormentas do mar como entre inimigos. Em um, especialmente, me achei, numa nau de 400 toneladas em que vinha. Com vento fortíssimo, navegámos mais de uma légua, tocando sempre o leme em terra: se acertássemos, em todo este tempo, com algumas pedras, a nau ter-se-ia desfeito; se achássemos menos água em uma parte que em outra, ficaríamos em seco. Muitas lágrimas vi, então, na nau. Quis Deus Nosso Senhor, nestes perigos, provar-nos e dar-nos a conhecer para quanto somos, se em nossas forças esperamos, ou em coisas criadas confiamos”.


14

13


Fevereiro
a
 junho
1546
Em meados de Fevereiro de 1546 chega, finalmente, a Amboino nas MOLU­CAS e logo começa a visitar as sete aldeias vizinhas já cristãs e a explorar as ilhas mais próximas. Entretanto chega àquele porto uma armada portuguesa de oito na­vios com os sobreviventes da expedição espanhola de Rodrigo López de Villalobos que se intrometera naquela zona, e Xavier dedica-se de alma e coração a atender tantos marinheiros. Quando a armada regressou a Goa, entregou-lhe três cartas: uma para os companheiros da Europa a dar impressões das Molucas e projectos de ir à perigosa ilha de Moro, onde os cristãos estavam sem missionário; outra para a Índia a chamar Beira e Mansilhas da Pescaria para as Molucas; outra finalmente para D. João III a pedir-lhe a Inquisição para as cristandades de europeus e a reco­mendar dois almirantes beneméritos (Xavier-doc. 55-57).
Xavier visita as ilhas vizinhas: Baranura (nesta, devido a tempestade, Xavier perde seu crucifixo, que milagrosamente, lhe é devolvido por um carangueijo, no dia seguinte, quando desembarcaram na praia. Aí, não teve êxito e partiu para Rosalau e depois Ulata. Por fim, retornou a Ambóino com intenção de embarar para Ternate.

*Maluco, naquela época, significava: 1) a cidade de Ternate; 2) a ilha de Ter­nate; 3) cinco ilhas das Malucas, a saber, Ternate, Tidore, Motir, Makian, Batjan; 4) como no texto, as Malucas em sentido amplo (as Malucas do norte e do sul, com Halmaeira, Seran, Amboina, etc.).

Princípios de Julho
a
meados de setembro
1546
(2meses)
expedição missionária a TERNATE ao norte da Ilha de Celebes: Em Junho de 1546 parte de Amboino para Ternate, onde os portugueses tinham uma fortaleza e muitos ali tinham constituído família com mulheres indígenas. Para esta população cristã mais evoluída, escreveu Xavier uma ampla Explicação do Credo, que usava na sua catequese e recomendou depois aos outros missionários das Molucas e da Índia (Xa­vier-doc. 58).
13

13
Setembro
a
Dezembro
1546
Expedição missionária à ILHA DE MORO (de novo nas Molucas, mais ao norte): Passados três meses foi à temível ilha de Moro e lá se demorou outros três meses, prestando a ajuda que pôde aos cristãos sem missionário. As aldeias cristãs ficavam todas no litoral e podia deslocar-se dumas para outras nos pequenos barcos à vela e a remos.
*O litoral ocidental de Halmaheira dista de Ternate uns 15 km; daí para Tolo, capital das ilhas de Moro, eram 270 Km por mar
“Eu, pela necessidade que estes cristãos da ilha de Moro têm de dou­trina espiritual e de quem os baptize para salvação das suas almas, e também pela necessidade que tenho de perder a minha vida temporal por socorrer a vida espiritual do próximo, determino ir ao Moro: para socorrer nas coisas espirituais os cristãos, oferecido a todo o perigo de morte, posta toda a minha esperança e confiança em Deus Nosso Senhor, desejando conformar-me, segundo as minhas pequenas e «Quem quiser salvar a sua alma, perdê-la-á; mas quem a perder por mi”.

Dezembro
 a
abril
1546
1547
Regressando a Ternate, passou ainda por Amboino e inicio da viagem para Malaca em 10 de Abril de 1547.

Abril
15 a 20 dias
Passagem e parada em Ambóino: “Numas ilhas [amboino] em que achei quatro navios, estive com eles [os marinheiros] em terra alguns 15 ou 20 dias”.
In

fim
Junho
a
julho
1547
Seguem por mar, a partir de Ambóino em direção de Malaca, com duração de quase 02 meses vencendo os perigos do mar.
fim

fim
Julho
a
dezembro
1547
De novo em Malaca. Permanece por mais de cinco meses até dezembro quando reembarca para a Índia. Enquanto esperava nau para a Índia, soube pelas cartas da Europa que Inácio tinha nomeado Simão Rodrigues Superior Provincial da nova Província de Portugal e suas colónias e que, portanto, também a Missão da Índia dependia agora de Simão. Já sabia que durante a sua ausência tinham chegado a Goa mais 9 missionários jesuítas, e teve a alegria de encontrar três em Malaca que destinou às Molucas (Beira, Ribeiro e Nicolau Nunes). Ali lhe apresentou também o navegador Jorge Alvares três japoneses que trouxera do Japão, recente­mente descoberto, dando-lhe informações tão esperançosas daquele país que logo seduziram o apóstolo.
fim
Dezembro
1547
Despedida de MALACA E VIAJA PARA A ÍNDIA com promessa de lhe mandar missionários Jesuítas. Leva rela­tórios sobre a China e Japão.
13
Janeiro
1548
Antes de chegar a Goa, fez escala em COCHIM, em meados de Janeiro de 1548, onde estavam naus prestes a partir para Portugal. Aproveitando a ocasião escreveu 5 cartas: uma aos companheiros da Europa a contar a missão nas Molucas e os projectos que começara a sonhar de ir ao Japão; outra a Inácio lembrando-lhe o pedido de indulgências e de mais missionários; a terceira ao Rei a pedir protec­ção mais eficaz às Missões; outra aos mesmo Rei a interceder por problemas da Missão dos franciscanos em Ceilão e recomendando-lhe alguns amigos; finalmen­te outra a Simão Rodrigues a pedir que intercedesse como Provincial junto do Rei a favor das necessidades da Índia (Xavier-doc. 59-63).
Despacha correio pelas naus que par­tem para a Europa.

Fevereiro
1548
De Cochim voltou atrás à Missão da Pescaria onde despediu Mansilhas por desobediência e convocou para reunião, em Manapar (fev/1548), foi a  Baçaim em março. Os novos missionários que ali trabalhavam (Criminali, Morais júnior, Cipriano e H. Henriques), deixando--lhes uma Instrução (Xavier-doc. 64).
Também foi encontrar-se com o Governador, para lhe pedir ordens para Maluco e Malaca.
13
Março
1548
Prosseguindo a viagem interrompida, chegou a GOA em princípios de Março de 1548. Ali encontrou, além de Micer Paulo, dois novos missionários (Lancillot­to e Pérez) e mais 4 candidatos a jesuítas que admitiu (Oliveira, Castro, Gaspar Rodrigues e Cosme de Torres que conhecera nas Molucas). Já tinham chegado também, antes dele, os três japoneses que encontrara em Malaca.

Abril
a Junho
1548
(Em Goa) Como o Go­vernador D. João de Castro estava ausente em Baçaim, continuou viagem (foi de Goa a Baçaim) para tratar com ele assuntos da já vasta Missão em Goa, Cabo de Comorim, Malaca e Molucas e sobretudo os projetos da expedição missionária ao Japão.

Depois, quando se dispunha a embarcar para Cochim a combinar com o seu grande amigo e benfeitor Diogo Pereira esta expedição ao Japão, D. João de Castro, gravemente doente, pediu-lhe para o acompanhar a Goa e ficar com ele. De Goa, enviou Pérez e Oliveira a continuar Missão em Malaca e entregou-lhes uma carta para Diogo Pereira ao passarem em Cochim (Xavier-doc. 65). Enquanto se demorava em Goa, escreveu o pequeno devocionário popular Modo de rezar e salvar a alma, compôs a conhecida Oração pela conversão dos infiéis e assistiu à morte de D. João de Castro em 6 de Junho de 1548 (Xavier-doc. 66-67). D. João de Castro, então no auge da glória, pela famosa vitória da libertação de Diu (10 de Nov. 1546), além de já entrado em anos, encontrava-se doente, com uma febre maligna que o enfraquecia cada vez mais. Por isso, veio para Goa e pediu a Xavier que não se ausentasse dali durante a época das chuvas. A 6 de Junho, Xavier assis­tiu-o na agonia

Junho
1548
Novo Governador da Índia: Garcia de Sá
Depois da morte do gov. em goa (6/06/1548) e após a posse no seu sucessor, Xavier tornou a partir para a Costa da Pescaria onde se reuniu mais uma vez com os missionários, entre­tanto aumentados com mais dois (B. Nunes e A. Francisco) e escreveu a Francisco Henriques que trabalhava na outra costa, Travancor (Xavier-doc. 68). Faz avaliação da missão em Goa: no colégio, no povo. Dei­xa aos missionários uma Instrução de vida espiritual para os cristãos31. Dá ao novo Governador 3 relatórios sobre o Japão e 1 sobre a China32. Entretanto chegam mais companheiros, com cartas da Europa .

Junho

a março
1548

a 1549
Retrona para a missão na Costa da Pescaria, especialmente em torno da cidade de Cochim, de onde envia diversas cartas;
(Setembro) – estava em Cochim;
(dezembro) -Negociações para a fundação de mais um colégio. Relatórios sobre as Missões para o Rei, para Inácio e Simão Rodrigues;
(fevereiro/1549) – ainda estava em Cochim. Parte para Baçaim, onde encontra-se com o novo Governador e apresenta as “queixas” do povo onde passou em missão.

Março-Abril
1549
nova visita aos jesuítas de GOA. Depois de distribuir cargos e missões, deixa-lhes Ins­truções por escrito; Uma vez de novo em GOA, encontrou mais missionários entretanto che­gados de Portugal, entre os quais o Dr. António Gomes que Simão Rodrigues imprudentemente designara para reitor do colégio de S. Paulo, que pertencia à Irmandade da Santa Fé e onde os jesuítas eram apenas colaboradores. Xavier, vendo que António Gomes vinha com ideias feitas e não era a pessoa indicada para colaborar pacificamente, pensou logo mandá-lo em vez de Barzeu para Or­muz e reter este em Goa, no colégio, para ficar também a Vice-superior de todas as Missões jesuítas durante a sua ausência. Entretanto lançou mais três estações missionárias confiadas a Lancillotto (Coulão), Belchior Gonçalves (Baçaim) e Cipriano (Socotorá) e voltou ainda uma vez a Cochim para tratar alguns assuntos e despachar correio para a Europa pelas sucessivas naus em monção de partida. Dali escreveu uma série de cartas: a Inácio, em três vias ou correios, para mais segurança, a pedir-lhe mais competente superior dos jesuítas que trabalhavam em Goa, a comunicar-lhe as novas estações missionárias fundadas e a expedição ao Japão (Xavier-doc. 70-72); a Simão Rodrigues, primeiro em duas vias (Xavier-doc. 73-74) e depois, mais amplamente em terceira via, sobre semelhantes assuntos (Xavier-doc. 79), além doutras duas a recomendar pessoas (Xavier-doc. 76 e 78); além disso, entregou ao Vigário Geral Fernandez Sardinha uma Memória de coisas a tratar com o Rei em Portugal (Xavier-doc. 75); finalmente uma carta a D. João III a interceder pela Missão de Fr. João de Vila do Conde e a pedir uma reforma monetária para o velhinho Mar Abuna, bispo resignatário dos cristãos maronitas de S. Tomé (Xavier-doc. 77).

Abril
1549
Começa os preparati­vos para a expedição missionária ao Japão. Recebe a notícia do martírio do P. António Criminali. Antes da partida para o Japão despacha correspondência.
17

31
Abril
a
maio
1549
No mar:
Deixa Goa  e parte para a missão do Japão. Segue em direção de Malaca e faz escala em CO­CHIM (de 20 a 25 de Abril). Prossegue por mar até a cidade de Malaca onde chega a 31 de maio de 1549, depois de  01 mês e meio de viagem.
31

24
Maio
A
junho
1549
Permanece em Malaca, nos preparativos finais para a etapa desconhecida até o Japão.
24
Junho
1549
Viagem no junco dum «Pirata» chinês ao JAPÃO. Demorou quase dois meses no mar perigoso.
15
Agosto
15
Agosto
1549
Desembarca em Cãgoxima (Kagoshima), Japão (5.ª Jornada de Evangelização). descoberta dum novo mundo cultural

Agosto a outubro
1549
Os começos em KAGOSHIMA: Audiência do duque de Satsuma (Takahisa) em IJÛIN, que lhes deu casa e licença para pregar.
Primeiros contactos com o povo e com os bonzos. Apostolado de Anjirô (Paulo da Santa Fé), aprendizagem da língua.

Novembro
1549
 Regresso do junco do «Pirata» a Malaca com Domingos Dias e cartas de Xavier, Torres, Fernandez e Anjirô.
Para os seus missionários, para o Rei, para os jesuítas da Europa:
3Como companheiros levava o P. Cosme de Torres e o Ir. Juan Fernández de Oviedo, o mestiço Domingos Dias, dois criados (o chinês Manuel e o malabar Amador), Anjirô e, provavelmente os seus dois outros companheiros japoneses.
4 Cartas para vários jesuítas de Goa e 1 para D. Pedro da Silva, capitão de Malaca

Inverno
1549 a
1549 a 1550
O catecismo japonês

Dezembro-agosto
Apostolado em ICHIKU (Kangoshima)

Agosto a dezembro
1550
Saída de Cangochima para Hirado (Hizen), capital da ilha Hirado-Jima onde permanece por dois meses até segui para Yamaguchi na mesma Ilha onde não obtece sucesso.

dezembro
1550
Regresso a KAGOSHIMA (ilha de HIRADO). Fica alguns dias e nova despedida. Audiência do duque de Yamagushi (Yoshi­taka), como simples religioso.
md
13
dezembro
a janeiro
1550
1551
Viagem de Amaguche para Meaco – 1 mês
13 a 24
Janeiro
1551
em MIYAKO, capital. Somente 11 dias e retorna devido a guerra

Jan a mar
1551
Viagem de 2 meses no retorno de Meaco a Amaguhe
meado
Março
a setembro
1551
Em Amaguhe, 6? Meses. Nova audiência do Duque já na qualidade de diplomata. Pregação e disputas com os bonzos
fim

16
Setembro
a
novembro
1551
Foi a Bungo. Audiência do duque de Bungo (Yoshishi­ge). Discussões do P. Torres em Yama­gushi. Guerra civil em Yamagushi e morte do duque Yoshitaka (30.Set.).
16
novembro
1551
Partida do Japão no junco de Duarte da Gama
Na qualidade de diplomata do Governador da Índia e do Bispo de Goa. Entrega-lhe os presentes destinados ao Imperador
fim
Parada na ilha de sancião de 29/11 - 03 de dezembro. Informações incertas sobre o cerco de Malaca (5 Junho-16 Setembro). Apelo clandestino de prisioneiros portugueses na China, lido em Sanchão.
03
24
Dezembro
1551
Partida de Sancião para Malaca, na caravela de Diogo Pereira. Faz parada em SINGAPURA (24 a 27/12) onde escreve carta para Malaca a pedir lugar nas naus da Índia.
27
Dezembro
1551
Acolhimento triunfal à chegada a MALACA. Recebe oficialmente o cargo de Superior Provincial dos jesuítas do Oriente. Primei­ras notícias das Missões da Índia. Revela os planos de embaixada à China com Diogo Pereira.
30
Dezembro
1551
Embarque para a ÍNDIA com o embaixador do Duque de Bungo e 4 japoneses que vie­ram com ele. Na viagem lê a correspondência de 2 anos, que lhe entregaram em Malaca.
24
Janeiro
1552
Escala de duas semanas em COCHIM. Hospeda-se no colégio dos jesuítas. Encontro com o novo Governador da Índia D. Afonso de Noronha. Apresenta-lhe o embaixador do duque de Bungo. Ob­tém apoio para a embaixada à China. Re­cebe informações por Henrique Henriques e Lanciloto das suas Missões. Informações pelos franciscanos das suas Missões. Despa­cho de cartas para a Europa pelas naus de partida. Devolução da igreja da Madre de Deus à sua Confraria
04

Fevereiro
1552
Dois meses em GOA. Vi­sitas à chegada: Bispo, franciscanos, domi­nicanos, Governador. Colégio: encontra 39 jesuítas chegados nas suas ausências. Desti­no de alguns às diversas missões. Organiza­ção do governo para a sua ausência à China. Nomeação de Gaspar Barzeu como Reitor do Colégio e Vice-Provincial. Últimas car­tas para a Europa. Últimas exortações.
Abril
17
Abril
1522
Adeus a GOA. Parte com todas as credenciais e presentes para a embaixada à China.
24
abril
1552
Faz escala em Cochim, certamente para reembarque, e parte para Malaca
?
31
Abril a
Maio
1552
No mar: De Cochim a MALACA.
31
19
Maio
julho
1552
Retido e perseguido em Malaca: Embargo da embaixada à China pelo novo capitão de Malaca, o Governador, que despeitado pela escolha de Diogo Pereira como Embaixador, não o deixa partir com Xavier para a China. Xavier apela para os seus direitos de Núncio apostólico em vão. Re­solve, mesmo assim, ir à China, por outros meios.
De Malaca envia missionários ao Japão. Objetivos da em­baixada à China.
19
Julho
1552
Partida para a CHINA . Sem embaixada, com 2 companheiros e 1 criado. O Ir. Álvaro Ferreira, António China, intérprete chinês, e o criado indiano Cristóvão.
21/22
Escala em SINGAPURA donde escreve al­gumas cartas.
23
Julho
1552
Viajem marítima de Singapura a SANCHÃO na China
fins
Agosto

Setembro a 03 de dezembro
1552
Diante das portas cerradas da CHINA. É hospedado por Jorge Alvares na sua cabana improvisada. A seu pedido os portugueses constroem uma palhota para Capela. Con­trato com um comerciante chinês para o introduzir clandestinamente na China. Mais cartas por uma embarcação que regressava a Malaca. Desistência de dois companheiros.
18
Setembro
1552
Parte a bordo da nau Santa Cruz para Sansião, China
12-13
Novembro
1552
Últimas cartas pelos últimos navios a sair para Malaca
19
sab
O mercador chinês não aparece para o encontro
21 seg
Perde os sentidos depois da Missa
22 Ter
Acolhido na nau de Diogo Perei­ra, a única que ficou
23 qua
Regressa da nau «abrasado em grande febre». Recebe uma sangria. Des­maia. Não consegue comer
24 qui
recebe nova sangria. Delira aos poucos. Continua sem comer
25 a 27
Passa-os «em paz e sossego», deli­rando de vez em quando
28 a 30
Novembro
1552
Perde de todo a fala e o conheci­mento. Não pode comer
Cartas para o Superior de Malaca, para o Vice-Provincial de Goa e para o amigo Diogo Pereira.
 Para os mesmos.
01 Qui
Dezembro
1552
Recupera a fala e o conhecimento
2 Sexta
Profetiza o futuro trágico do seu criado malabar Cristóvão. Volta a perder a fala
3 Sábado
Morte junto do criado Cristóvão e do intérprete António China às duas da madrugada




No domingo, dia 04 o corpo é sepultado em Sanchão


1552
De Janeiro a Dezembro deste ano, o Crucifixo do Castelo de Xavier, em Navarra, Espanha, que em todas as sextas-feiras do último ano da vida de Xavier, miraculosamente escorrara sangue, subitamente deixa de derramar sangue após as 2 horas da tarde de 2.12.1552, assinalando o fecho da exis tência terrena do Glorioso Santo na Ilha de Sanchono, China. Aquele sangue maravilhoso, já coagulado no Crucifixo do Castelo de Xavier é admirado nos nossos dias por uma avalanche de peregrinos vindos dos quatro cantos do mundo.
17
Fevereiro
1553
Trasladação do corpo incorrupto
22
Março
1553
Acolhimento triunfal em MALACA. É de novo sepultado na igreja de Nª Sª do Mon­te ou da Anunciada (hoje de S. Paulo)
15
Agosto
1553
desenterrado incorrupto, é depositado num caixão e transportado de barco para Goa (Vários contratempos na viagem).
16
Março
1554
É recebido triunfalmente em GOA. Ali se conserva incorrupto na Basílica do Bom Jesus
25
Outubro
1619
O papa Paulo V beatifica o Padre Francisco Xavier
12
Março
1622
Canonizado pelo papa Gregório XV 
24
Fevereiro
1748
Bento XIV proclama Xavier Patrono prin­cipal das Índias, isto é, de todas as nações desde o Cabo da Boa Esperança até aos últimos arquipélagos do Pacífico
Cronologia resumida




1506 a 1524
Na Espanha
18 anos
1524
Viagem a França

1524 a 1536
Estudos Paris na França
12 anos
15/11/1536 a 08/01/1537
Peregrinação a Itália
54 dias
08/01/1537 a 15/03/1540
Itália
3 anos e 2 meses
15/03/1540 a 23/06/1540
Peregrinação a Portugal
3 meses e 8 dias
23/06/1540 a 07/04/1541
Espera em Lisboa - Portugal
9 meses e 15 dias
07/04/1541 a 06/05/1542
Viagem a Índia
1 ano e 1 mês
03/09/1541 a 27/02/1542
Parada em Moçambique

27/02/1542 a 06/05/1542
Reembarque para ìndia com escala em Melide no Quenia e Socotorá

06/05/1542 a 21/09/1542
Goa na India
5 meses e 11 dias
21/09/ a 05/10/1542
Viagem marítima de Goa a Manapar
15 dias
05/10/1542 a 10/1543
Costa da Pescaria
1 ano
10/1542 a 03/1543
Missaão na cidade de Tuticorim
4 meses e meio
03/1543 a 09/1542
aldeias vizinhas a  Tuticorim. Eram estas  - norte: Vaippâr, Chetupar, Vêm­bâr. De Manapar para sul: Puducare, Periya Tâlai, Ovari, Kûttankuli, Idindakarai, Perumanal, Kûmari, Muttam, Kan­niyâkumâri (Cabo de Comorim), Kovakulam, Râjakkamangalam, todas aldeias de paravas

10/1543
Viagem de retorno a Goa
’~10 dias’
10/1543 a fm/12/1543
Goa na India
2 meses
03/01/1544 a 29/03/1545
Costa da Pescaria de Cohim até Nagapatão. Foi rapidamente em Goa 12/1544.
1 ano e 4 meses
29/03 a ‘08’/05/1545
Viagem a pé de Nagapatão a Meliapor (oriente da Índia)
1 mês
05/1545 a fm/08/1545
Em Meliapor -India
3 meses e meio
fm/08/1545 a 25/09/45
Viagem a malaca
1 mês
25/09/45 a 01/01/1546
Em malaca
3 meses
01/01/1546 a 14/02/1546
Viagem de malaca a Molucas
1,5 mes
14/02/1546 a in/06/1547
Ilhas Molucas
1 ano e 4 meses
in/06/1547 a fm/07/1547
Retorno a malaca das molucas
1,5 mes
fm/07/1547 a fm/12/1547
Em Malaca
5 meses
fm/12/1547 a 20/01/1548
Retorno de malaca a Cochim
1 mes
13/01/1548 a 15/04/1549
Na India

13/01/1548 a 13/03/1548
Costa da Pescaria: Cochim e Manapar
1 mês 23 dias
13/03/1548 a 06/1548*
Em Goa
3 meses
06/1548* a 03/1549
Retrorna para a missão na Costa da Pescaria, especialmente em torno da cidade de Cochim no Cabo Comorim.
9 meses
03/1549 a 17/04/1549
Em Goa. Assuntos administrativos da Companhia de Jesus  e preparação para missão no Japão

17/04/1549 a 31/05/1549
Viagem marítima de Goa a Malaca
1,5 mes
31/05/1549 a 24/06/1549
Em Malaca
25 dias
24/06/1549 a 15/08/1549
Viagem de Malaca ao Japão
1,5 mes
15/08/1549 a 20/11/1551
No Japão

15/08/1549 a 08/1550
Missão em Kangoshima
1 ano
08/1550 a 12/1550
Saída de Cangochima para Hirado (Hizen), capital da ilha Hirado-Jima onde permanece por dois meses até segui para Yamaguchi na mesma Ilha onde não obteve sucesso.
4 meses
(missão e viagem)
12/1550
Regresso a KAGOSHIMA
 (ilha de HIRADO)..
Fica alguns dias e nova despedida
12/1550 a 01/1551
Viagem de Amaguche para Meaco por terra, a pé. – 1 mês
1 mês
13 a 24/01/1551
em MIYAKO, capital do Japão. /retorna devido a guerra
Somente 11 dias 
13/Jan a mar/1551
Viagem de retorno de Meaco a Amaguhe
Viagem de 2 meses “a pé”
Md/03/1551 a 09/1551
De novo em Amaguche
, 6? Meses
Fim/09/1551 a 16/11/1551
No reino de Bungo
2 meses
16/11/1551 a 24/01/1552
Viagem do Japão a Goa na India. Fez escala em Sancião (29/11 a 03/12); Singapura (24 a 27/12); Malaca (27 a 30/12) e Cochim (24 a ?/01)
2 meses e 8 dias
04/02/1552 a 17/04/1552
Em Goa na Índia
(administração)
2 meses
17/04/1552 a 31/05/1552
Despede-se de Goa para viagem a China
Trecho de Goa a Malaca
1,5 mes
31/05/1552 a 17/07/1552
Retido o navio em Malaca
1,5 mes
17/07/1552 a fm/08/1552
Viagem de Malaca a China
~1,5 mes
Fm/08/1552 a 03/12/1552
Espera em Sanchião na China
3 meses
03/dez/1552
Morte
Aos 46 anos

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