São Francisco Xavier nasceu na Espanha em 1506 e faleceu em 1552 na China, aos 46 anos de idade. Fo
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quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Os milagres para canonização de São Francisco Xavier
terça-feira, 30 de agosto de 2016
O pai de Francisco Xavier nobre de Navarra
Juan de Jaso ou Juan de Jatso ( San Juan de Pied de Port , Reino de Navarra , - Bearn , 1515 ) foi um jurista navarro nascido na merindad de Ultrapuertos . Foi Presidente do Conselho Real de Navarra. Lineage Agramontes , manteve-se fiel aos reis de Navarra Catherine de Foix e Juan III de Albret quando Navarra foi conquistada . biografia Editar Ele se mudou para Bolonha para estudar, sendo Doutor em decretos pelo que a Universidade em 1470 .
A partir de 1476 foi Presidente do Conselho Real de Navarra e, portanto, uma das posições mais importantes no reino quando a invasão pelas tropas castelhano-aragoneses ocorre. Reconhecido Ferdinand , que o chamava de "meu amado conselheiro" e manteve-se um membro do Conselho Real até sua morte em 1515.
Em 1513 o rei Ferdinand emitiu um julgamento pelo qual adjudicou os pastos vizinhos reais despovoadas de Sangüesa e Sos , ignorando os direitos invocados para ter o Sr. Javier. Ele recorreu da sentença, o rei primeiro, e depois aos tribunais e mais tarde o próprio Conselho Real, sem resultado. Tudo isso lhe deu grande aborrecimento para verificar a perda de poder político e feudal. Ele foi sucedido por seu filho Michael, que com seu irmão John, tomada provavelmente ressentimento causado pela privação de direitos reais decidiu a tomar partido em 1516 por Juan de Albret, em sua segunda tentativa de recuperar o reino. E eles também participou no terceiro, que terminou com a derrota do exército Franco-Agramontes em Noáin (1521). Os irmãos de San Francisco eram na defesa de Maya e finalmente para Fuenterrabía , onde permaneceram até sua rendição em 1524. Ambos os irmãos aceitaram o perdão geral concedido pelo imperador Carlos IV de Navarra e I de Castela e Aragão, que que prestou homenagem a recuperar todas as suas propriedades.
O castelo e casa da família em Javier , que foi demolido em 1517 por ordem do Cardeal Cisneros , foi reconstruída como um palácio, uma vez perdida a sua utilidade militar. Finalmente, a linhagem de Jaso apenas fundindo-se com a nobreza castelhana. Casamento e filhos Editar Ele se casou com Mary Azpilcueta, linhagem importante na Baztán . Ele tinha uma possessão do castelo de Javier e mais tarde o palácio Azpilcueta em 1502 , após a morte de seu pai.  Azpilcueta , origem de Maria Azpilcueta, a esposa de Juan de Jaso.
Maria de Azpilcueta e Aznárez Sada
Nasceu em* Xavier, 1464
Morreu em † Xavier, 07. 1529
Os seus pais Martin de Azpilcueta † 1502 Joan of Aznárez Sada † 1477 casamentos Juan de Jasso e Atondo
Eles foram pais de seis filhos: Jaso Maria de Azpilcueta. Magdalena de Jaso Azpilcueta (em direção 1485- 1533), Clarissa freira Descalza em Gandia . Ana de Jaso Azpilcueta, nascido por volta de 1492; Ele deixou o castelo para 1513. Casou-se com Diego de Ezpeleta, senhor de Beire. Jaso Miguel Azpilcueta, mais comumente conhecido como Miguel de Azpilcueta (em direcção a 1495 -11-11- 1542 ). Senhor de Javier.
Em 1521 ele participou da tentativa de reconquistar o reino . Lutando contra o capitão Ignacio de Loyola quando ele barricaram-se no castelo de Pamplona . Ele foi preso em 1522 no castelo de Maya . Ele foi condenado à morte, mas finalmente após o perdão de 1524 de Carlos I voltou para o castelo de Javier. Em 1527 casou-se com Isabel Goñi e Peralta (falecido em 1561) e teve dois filhos: Miguel (1528-1557) e Ana de Jasso. Juan Azpilcueta ou Jaso e Azpilicueta (em direção 1497 -?) Conhecido como o "capitão Azpilcueta ". Ele lutou como seu irmão contra os invasores. Casou-se em 1528 com Juana Arbizu Sarria e depois de se tornar uma viúva, com Lucia Aguirre, e este casamento nasceram Jerónima e Francisco de Azpilcueta. Francisco de Jaso Atondo e Aznares Azpilcueta Javier (o que seria Francisco Javier ), um nascido no castelo de Javier de 7 de Abril 1506 . Seria importante missionário com a ordem dos jesuítas de 1540 , que viajam com a coroa de Portugal . Ele morreu na ilha de Sanchon da China em dezembro, de 3 de 1552 .
As missões e a morte do Gigante das Missões
Missionário como ninguém, operando os mais espetaculares milagres para
converter povos inteiros para Jesus Cristo, Francisco Xavier imitou o Divino Mestre até o fim.
Soprava com persistência o frio vento do norte e as ondas do oceano rompiam cada vez mais violentas naquela praia que parecia deserta. O céu, coberto de plúmbeas nuvens, escurecia rapidamente, prenunciando longa e tormentosa noite.
Não muito longe da beira do mar, elevava-se uma mísera cabana, feita com algumas pranchas de madeira carcomida, cuja cobertura de palha seca era agitada pelo vento glacial. Dentro dela, estendido sobre uma esteira, um homem agonizava. Seu corpo exangue ardia consumido pela febre, mas seu olhar profundo e vivo espelhava um espírito de fogo, refletia a eternidade... Morria o Apóstolo do Oriente, Francisco Xavier.
No dia 6 de maio de 1542, aportava na remota e lendária Índia, depois de conturbada viagem de treze meses, o filho dileto de Santo Inácio de Loyola. As portas da Ásia abriam-se diante desse sacerdote de apenas 35 anos de idade.
Seu primeiro campo de ação foi a cidade de Goa, principal colônia portuguesa no Oriente, onde os europeus esquecidos de sua missão civilizadora, dedicavam-se a um lucrativo comércio e se deixavam arrastar pela sensualidade e pelos vícios do mundo pagão.
Em poucas semanas, fizeram-se sentir naquela cidade o benéfico efeito da ação de presença, das pregações e do ativo zelo do novo missionário: "Tantos eram os que vinham se confessar que, se eu fosse dividido em dez partes, todas elas precisariam atender confissões" - escreveu ele em setembro de 1542 aos jesuítas de Roma.
Depois de passar alguns meses nessa cidade, rumou Francisco para terras ainda mais distantes. Toda a costa sul da península indiana foi percorrida por ele. E a partir de então, sua vida tornou-se um ininterrupto peregrinar por terras, mares e ilhas longínquas, alargando sem cessar as fronteiras do Reino de Jesus. Em carta de janeiro de 1544, disse ele a seus irmãos de vocação: "Tanta é a multidão dos que se convertem à fé de Cristo nesta terra por onde ando, que muitas vezes me acontece ter os braços cansados de tanto batizar (...). Há dias em que batizo todo um povoado".
Um ano depois, relatava novas maravilhas operadas por Deus naquelas paragens: "Notícias destas partes da Índia: faço-lhes saber que Deus nosso Senhor moveu muitos, num reino por onde ando, a se tornarem cristãos, de modo que num mês batizei mais de dez mil pessoas. (...) Depois de batizá-los, mando derrubar as casas onde tinham seus ídolos e ordeno que rompam as imagens dos ídolos em pequenas partes. Acabando de fazer isto num lugar, dirijo-me a outro, e deste modo vou de lugar em lugar fazendo cristãos".
Assim, enfunadas as velas de sua alma pelo sopro do Espírito Santo, com heróica generosidade Francisco Xavier fez de sua existência um contínuo "fiat mihi secundum verbum tuum", lançando- se sempre, de ousadia em ousadia, à conquista de mais almas, para a maior glória de Deus.
Certo dia, estando na cidade de Malaca, apresentaram-lhe um homem de olhos oblíquos e mirada inteligente, que havia percorrido centenas de milhas tendo por único intuito encontrar-se com o célebre e venerável ocidental que perdoava os pecados... Seu nome era Hashiro e sua terra natal, o Japão.
Imediatamente, vislumbrou Francisco a riqueza que seria para a Igreja se o povo representado por esse intrépido neófito fosse santificado pelas águas do Batismo. Escreveu então a seu fundador, em janeiro de 1549: "Não deixaria eu de ir ao Japão pelo muito que tenho sentido dentro de minha alma, ainda que possuísse a certeza de que haveria de passar pelos maiores perigos da minha vida, porque tenho grande esperança em Deus Nosso Senhor que nessas terras há de crescer muito nossa santa fé. Não poderia descrever quanta consolação interior sinto em fazer esta viagem ao Japão".
Lutando contra adversidades de toda ordem, mais de dois anos passou Francisco no remotíssimo Império do Sol Nascente, fundando igrejas, anunciando a verdadeira fé a príncipes e nobres, a pobres camponeses e inocentes crianças. Em carta de novembro desse mesmo ano, declarou a seus irmãos residentes em Roma: "Pela experiência que temos do Japão, faço-lhes saber que seu povo é o melhor dos descobertos até agora".
Entretanto, tendo como objetivo conseguir mais missionários para essa promissora terra, partiu de volta à Índia, deixando no Japão, que não mais o veria, uma robusta e florescente cristandade.
Depois de ter percorrido o Extremo Oriente em todas as direções durante dez anos e levantado a Cruz no arquipélago nipônico, o coração de Francisco, insaciável da glória de Deus, lançou- se a conquistar novos povos para seu Rei e Senhor: a China seria agora sua grande meta. Pela importância do império chinês, por sua incalculável população e, sobretudo, seu prestígio e riqueza cultural, compreendeu que, se fizesse nele correr as águas batismais, a Ásia inteira se prostraria aos pés do Divino Redentor.
"Este ano espero ir à China, pelo grande serviço a nosso Deus, que lá se poderá obter", escreveu em janeiro de 1552 a seu pai, Inácio de Loyola. No mesmo ano, referindo-se a esta nação, comunicou a seus irmãos de vocação os anelos e esperanças de sua alma de missionário: "Vivemos com muita esperança de que, se Deus nosso Senhor nos der mais dez anos de vida, veremos grandes coisas nestas regiões. Pelos méritos infinitos da Morte e Paixão de Deus nosso Senhor, espero que Ele me dará a graça de fazer essa viagem à China".
Retornando do Japão, pouco tempo se deteve o Pe. Francisco na Índia. Apenas o suficiente para atender as necessidades da Companhia de Jesus nessas terras e preparar a tão desejada viagem à China.
Um dedicado amigo do infatigável missionário, chamado Diogo Pereira, empregou toda a sua fortuna fretando um navio, carregando-o com esplêndidos presentes para o imperador da China e adquirindo magníficos paramentos de seda e de damasco, e todo tipo de ricos ornamentos para celebrar a Santa Missa com toda a pompa, de modo a dar aos chineses noção da grandeza da verdadeira religião que lhes seria anunciada.
Antes de viajar, o Santo escreveu ao Rei de Portugal, em abril de 1552: "Parto daqui a cinco dias para Malaca, que é o caminho da China, para ir dali, em companhia de Diogo Pereira, à corte do imperador da China. Levamos ricos presentes comprados por Diogo Pereira.
E da parte de Vossa Alteza levo um que nunca foi enviado por nenhum rei nem senhor a esse imperador: a Lei verdadeira de Jesus Cristo nosso Redentor e Senhor". Assim, no dia 17 de abril de 1552, embarcou na nave Santa Cruz para conquistar o império de seus sonhos
No entanto, poucos dias de navegação haviam transcorrido, quando desencadeou- se terrível tempestade. A tripulação do navio, espantada com a violência dos elementos e tendo perdido qualquer esperança de salvação, pedia com grandes clamores o sacramento da Penitência. Francisco Xavier, imperturbável, recolheu-se em profunda oração. E imediatamente - assim como outrora à voz do Divino Salvador as águas do Lago de Genezaré haviam- se acalmado - o vento cessou de soprar e as ondas tornaram-se suaves e calmas pela fé e pelas preces desse humilde conquistador de impérios.
Mas a partir deste momento, não cessaram os infernos de levantar obstáculos e contrariar a viagem. "Tende por certo e não duvideis que de modo algum quer o demônio que os da Companhia do nome de Jesus entrem na China" - escreveu ele em novembro de 1552 aos padres Francisco Pérez e Gaspar Barzeo.
Chegando à cidade de Malaca, última escala antes de penetrar em águas chinesas, inopinadamente, o capitão português desse porto - que, aliás, devia seu cargo aos bons ofícios e recomendações de Francisco - impediu a continuação da viagem, alegando que só a ele caberia o comando de uma expedição à China...
Tendo sido inúteis todas as súplicas e rogos, empregou Francisco Xavier um último recurso: apresentou a bula papal que o nomeava legado pontifício, a qual até então nunca havia utilizado, e exigiu a plena liberdade de viajar à China em nome do Papa e do Rei de Portugal.
Além disso, anunciou ao obstinado capitão que incorreria em excomunhão se continuasse a impedir a partida do navio. Sem embargo, também isso foi inútil. A ambição e a cobiça desse infeliz levaram-no ao extremo de insultar e maltratar aquele peregrino da glória de Deus.
Finalmente, após várias semanas de espera, a nave Santa Cruz pôde singrar as águas em direção à China, mas sob o comando de homens nomeados pelo capitão português, o qual morreu pouco tempo depois, excomungado e corroído pela lepra.
Com o coração partido, Francisco revelou ao Pe. Gaspar Barzeo em julho de 1552: "Não podereis acreditar quanto fui perseguido em Malaca. Vou para as ilhas de Cantão, no império da China, desamparado de todo humano favor".
Sancião era o nome dado pelos portugueses à inóspita ilha de Shangchuan, situada a 180 quilômetros da cidade de Cantão. Nessa ilha, onde os navios europeus costumavam aportar para comerciar com os chineses, desembarcou o santo missionário em outubro de 1552.
Esforçaram-se ali os portugueses por encontrar, entre os numerosos mercadores chineses, algum que se prontificasse a levá-lo a Cantão. Todos, porém, se escusavam, pois isso era vedado pelas leis imperiais, e os transgressores expunham- se a perder todos os haveres e até a própria vida. Por fim, um deles, decidido a correr o risco, se dispôs a transportar São Francisco numa pequena embarcação, mediante o pagamento de 200 cruzados.
"Os perigos que corremos neste empreendimento são dois, segundo a gente da terra: o primeiro é que o homem que nos leve, depois de receber os duzentos cruzados, nos abandone numa ilha deserta ou nos jogue no mar; o segundo é que, chegando a Cantão, o governador nos mande para o suplício ou para o cativeiro" - escreveu Xavier ao Pe. Francisco Pérez.
Esses perigos, porém, o infatigável apóstolo não os temia, pois seguro estava de que "sem a permissão de Deus, os demônios e seus asseclas nada podem contra nós".
Acompanhado de apenas dois auxiliares, um indiano e um chinês, ficou na Ilha de Sancião à espera do retorno do comerciante que se comprometera a transportá-lo. Celebrava diariamente ali o Santo Sacrifício do Altar, olhando sem cessar para o continente pelo qual com tanto ardor suspirava. Mas os dias e as semanas se passaram, e em vão aguardou Francisco a volta do chinês: este infelizmente nunca retornou.
As forças físicas do ardoroso missionário chegaram então ao termo. Uma altíssima febre o obrigou a recolher- se em sua improvisada cabana, onde, desamparado dos homens e padecendo frio, fome e toda classe de privações, deveria passar os últimos dias de sua heróica existência nesta terra de exílio.
Àquele varão que não conhecera o cansaço, àquele apóstolo que com sua palavra arrastava multidões, àquele taumaturgo que havia ultrapassado grandes obstáculos operando milagres portentosos, o Senhor do Céu e da Terra reservava a mais heróica e gloriosa das mortes: a exemplo de seu Mestre Divino, Francisco Xavier morreria no auge do abandono e da aparente contradição.
Alguns dias antes de entregar seu espírito, entrou em delírio, revelando então a magnitude do holocausto que a Providência lhe pedia: falava continuamente da China, de seu veemente desejo de converter esse império e da glória que adviria para Deus se esse povo fosse atraído para a Santa Igreja Católica...
E nas primeiras horas da madrugada de 3 de dezembro de 1552, Francisco Xavier expirou docemente no Senhor, sem uma queixa ou reclamação, divisando ao longe aquela China que não conseguira conquistar e que tanto havia desejado depositar aos pés de seu Rei, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Suas derradeiras palavras foram estas frases de um cântico de glória: In te, Domine, speravi. Non confundar in aeternum. Em Vós espero, Senhor. Não me abandoneis para sempre!
À primeira vista, sobretudo para quem não tem seu olhar habituado a contemplar os horizontes infindos da Fé, a vida de São Francisco Xavier parece, em certo sentido, frustrada.
Quantas almas não se teriam salvo e quanta glória não haveria recebido a Santa Igreja se o imenso e super povoado império chinês houvesse sido evangelizado por este apóstolo de fogo! Entretanto, quando se encontrava ele, finalmente, às portas desta nação, depois de haver passado por dificuldades e combates de toda ordem, o chamado de Deus se fez ouvir: "Francisco, meu filho, cessa tua luta e vem a Mim!" Oh! mistério do Amor Infinito! De Francisco, Deus não queria a China... mas queria Francisco.
E o intrépido conquistador respondeu, sem hesitar, como Jesus no Horto das Oliveiras: "Senhor, faça-se a vossa vontade e não a minha. Sim, Redentor meu, cumpram-se, antes de mais nada e sobre todas as coisas, vossos perfeitíssimos desígnios e assim, e só assim, Vos será dada a eternidade!" maior glória nesta terra e por toda a eternidade.
(Revista Arautos do Evangelho, Nov/2005, n. 47, p. 20 a 23)
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domingo, 28 de agosto de 2016
O nome de Francisco Xavier em outros indiomas
Francisco Xavier (de Jasso Azpilicueta Atondo y Aznáres), S.J.
Inglês (padrão): Francis Xavier (de Jasso y Azpilicueta), S.J.,
Francês: François Xavier (de Jasso y Azpilicueta),
SJ, Espanhol: Francisco Javier (Jasso Azpilicueta), S.J.,
Basco: Frantzisko Xabierkoa (Jatsu Azpilikueta), S.J.,
Polaco: Franciszek Ksawery, SJ,
Latim: Franciscus Xaverius (de Jasso Azpilcueta Atondo et Aznares de Xaveriis), S.J.,
Italiano: Francesco Saverio (de Jasso Azpilcueta Atondo y Aznares de Javier), S.J.
Data de nascimento: 7 abril 1506 Local de nascimento: Castillo de Javier, Sangüesa, Navarra, España
Falecimento: Died 3 Dezembro 1552 in China
Causa da morte In 1614 by order of Claudius Acquaviva, General of the Society of Jesus, the right arm was severed at the elbow and conveyed to Rome, where the present altar was erected to receive it in the church of the Gesu.
Local de enterro: Velha Goa, North Goa, Goa, India 
Família imediata: Son of Juan de Jaso e Maria de Azpilcueta y Aznárez de Sada
Irmão de Madalena Jasso y Azpilicueta; Ana Jasso y Azpilicueta; Miguel de Xavier, Señor de Javier e Juan Jasso e Azpilcueta, Capitán Azpilcueta Occupation: missionary ~ missionnaire
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Sobrinho de S.F. Xavier foi missionário no Brasil
João de Azpilcueta Navarro
O padre João nasceu no País Basco, na Espanha, em Iriberri ou Burlada, de onde eram naturais seus pais, Juan de Azpilcueta e Maria Sebastiana de Iriberri ou de Javier, entre 1522 e 1523; morreu na Bahia em 1557, ainda jovem. Era sobrinho do humanista Martín de Azpilcueta, o famoso Doutor Navarro, que lecionou na Universidade de Coimbra. Por isso o padre João frequentou a Universidade entre 1540 e 1549, data de sua partida para o Brasil, vivendo em casa do tio, que o queria como filho. Ingressou na Companhia de Jesus em Coimbra em 22 de dezembro de 1542, mais ou menos aos vinte anos. Foi sempre, com atestam suas cartas, um católico fervoroso. Além do mais, grande estudioso, de estrita moralidade cristã, europeu da Idade Média, seu mundo seria transtornado ao desembarcar no Brasil. Foi ele mesmo quem pediu para embarcar, em 1549.
Acréscimo : Nesta mesma época, seu tio (São) Francisco Xavier era Superior Provincial das Indias Portuguesas / do extremo Oriente. Com certeza, foi este que o inspirou, mediante refereência familiar, bem como pelas ardorosas cartas que enviava continuamente para os missionários da Europa.
Em 1544 foi professor de Cânones na Universidade de Coimbra, quando escreveu o livro, que é publicado até hoje, intitulado "Diálogos de las Imágenes de los Dioses Antíguos".
Seu nome é lembrado na cidade de Diadema - SP através de um dos logradouros públicos: Rua Azpicueta Navarro, no bairro Vila Nogueira, e também na cidade de Salvador: Praça Azpicueta Navarro.
No Brasil
D. João III, após a morte do Donatário da Bahia, Francisco Pereira Coutinho, resolveu instalar um Governo-Geral para todo o país, afastando a cobiça estrangeira. O rei, que foi descrito por Santo Inácio de Loiola como pai e protetor da Companhia de Jesus, enviou com o primeiro governador seis jesuítas comandados pelo padre Manuel da Nóbrega. A viagem durou 56 dias e em 29 de março de 1549 desembarcaram na Bahia, com calorosa recepção pelos colonos.O Padre João ficou três anos em Salvador, ocupado com a construção do colégio e da cidade e, principalmente, trabalhou nas aldeias indígenas dos arredores. Era necessário aprender o idioma do gentio para poder catequizá-los. E nisso o padre João era excelente! Meses depois, escrevendo à Europa, Nóbrega conta que ele tinha mais facilidade do que os outros para se comunicar com os índios, e pensava que devia ser por um parecido qualquer entre o euskara que falava desde a infância e o idioma tupi ou abanheenga.
Seus sete anos de estadia no Brasil podem ser divididos em três anos vividos em Salvador, sendo um dos fundadores dessa cidade, três vivendo em Porto Seguro e um ano e meio na viagem ao sertão mineiro.
Viagem ao sertão
Desde 1500, os habitantes de Porto Seguro falavam de uma cordilheira brilhante e preciosa no interior, a serra Verde, serra Negra ou serra das Esmeraldas. Os índios asseguravam que, nas margens da lagoa Vupabaçu ("Lagoa grande"), se encontravam pedras verdes - e os portugueses sonhavam com esmeraldas ou safiras. Em 1553, D. João III ordenou ao governador explorar as fontes do rio São Francisco. Informado de que os espanhóis haviam achado ouro e esmeralda do outro lado da linha imaginária de Tordesilhas, encarregou da expedição o castelhano Francisco Bruza Espinosa. Nóbrega indicou como padre João de Azpilcueta. Partiram em outubro ou novembro de 1553. Demorariam um ano e meio, como se conta em Entradas e Bandeiras, para percorrer penosamente 350 léguas, ou seja, 2310 quilômetros.Para Afrânio Peixoto, em A cultura brasileira, pg. 289, Azpilcueta foi o primeiro mestre e missionário do gentio, o primeiro nas entradas evangelizadoras aos sertões, que varou em 1553 em Porto Seguro - 350 léguas de périplo, às cabeceiras do rio Jequitinhonha, São Francisco, tornando ali ao litoral pelo rio Pardo.» Antes de partir, em carta aos irmãos deixados em Coimbra, escrita de Porto Seguro em 19 de setembro de 1553, conta ele: « Fiquei aqui somente por falta de padres e pela necessidade que havia na terra de despertar a gente que estavam e estão no sono do pecado, somente com nome de cristãos, embebidos em malquerenças, metidos em demandas, envoltos em torpezas e sujidades publicamente, o que tudo me causava uma tibieza e pouca fé e esperança de poder-se fazer fruto, contudo meti-me a apalpar, quis Nosso Senhor que alguns se apartassem dos pecados, uns tirando de si, outros casando-se, muitos cediam das demandas e libelos condescendendo a meus rogos, e outros, que me ajudavam, e desta maneira se reconciliavam muitos.» E, adiante, conta de seu pouco entusiasmo em partir terra adentro: «Interim, encomendai-me muito ao Senhor, caríssimos, e porque nunca me achei em tanta necessidade como agora, por ir só entre leigos de diversas mais por terras cobertas e gentes bárbaras que se comem, que com lágrimas vos quisera escrever não a ida, senão meu pouco entusiasmo para tão grande empresa.»
Azpilcueta afirma, em correspondência citada pelo padre Serafim Leite em Novas cartas jesuítas, página 155: «Nesta capitania, achei um homem de boas partes, antigo na terra, e tinha o dom de escrever a língua dos índios, o que foi para mim grande consolação, e assim o mais do tempo gastava em lhe dar sermões do Testemunho Velho e Novo e Mandamentos, Pecados mortais e Artigos de fé, e Obras de Misericórdia, para tornar em a língua da terra.» Os jesuítas dos estados do Brasil e do Maranhão escreveram numerosos relatórios, cartas e informes com pormenores sobre sua vida diária e seu trabalho missioneiro. Suas cartas, que acabaram nos arquivos de Roma, Lisboa, Évora, Madrid e no Rio de Janeiro, foram consultadas pelo padre Serafim Leite no século dezenove e hoje são material de grande valor para os historiadores. Era acompanhado em suas missões ao interior pelo padre Vicente Pires, de São João da Talha, em Portugal, entrado na companhia aos dezessete anos. Entravam pelo sertão em terrenos inóspitos, visitando aldeias distantes e, diz Navarro, «passamos assaz trabalho e perigos, por nos ser necessário andar de noite algumas vezes e por matos, porque cá não há os caminhos de Portugal, e há neles muitas onças e outras feras.»
Na expedição de 1553, enfrentaram os índios do Jequitinhonha (puris ou aimorés) e as dificuldades naturais do caminho ou da ausência dele, nas terras que os próprios indígenas apelidavam Ivituruna ou «montanha negra», devido à sua estatura elevada e vestir-se com a batina negra da Companhia de Jesus. Enfrentaram tempestades e perda de animais, sempre com muito cansaço. Dos encontros com os índios passavam a construir botes para descer caudalosos rios e, mesmo assim, Azpilcueta pôde se referir à beleza da terra, à sua fertilidade, aos costumes dos índios, à abundância de aves e animais selvagens, sem esquecer jamais de sua missão: encher aquela terra de gente cristã, nativa ou estrangeira.
Ele próprio solicitou de Nóbrega autorização para adentrar o sertão, sendo que viajava sempre descalço por gosto pessoal.
Houve um debate sobre se a expedição conseguiu localizar ouro e pedras preciosas, mas ele nada afirma sobre o assunto em sua carta de 1555, apesar de que Ambrósio Pires, em carta dirigida diretamente a Inácio de Loiola, lança uma acusação grave contra Navarro dizendo estranhar a expedição, depois de um ano e meio de viagem, não ter obtido sucesso na localização dessas preciosidades.
Navarro trouxe consigo para Porto Seguro muitos indígenas botocudos, com os quais conviveu na sua estadia nas regiões onde esteve, como companheiro de viagem de espino, mas este não retornou a Porto Seguro.
O estado de saúde de Navarro tornou-se crítico após a referida viagem e veio a falecer em 1957.
A carta em que descreveu a viagem foi escrita em Porto Seguro em vinte e quatro de junho de 1555. No início de 1556, estava de novo em Salvador. Morreu ali entre quinze e trinta de abril de 1557, tendo dedicado os melhores anos de sua vida à evangelização. Suas cartas se podem ler em «Cartas jesuíticas»: Cartas do Brasil, Cartas avulsas, periodicamente reeditadas.
Trecho de uma carta de Salvador, agosto de 1551:
- "Assim, chegamos a uma aldeia onde achamos os gentios todos embriagados, porque aqui têm uma maneira de vinho de raízes que embriaga muito, e quando eles estão assim bêbados ficam tão brutos e ferozes que não perdoam a nenhuma pessoa, e, quando não podem mais, põem fogo na casa onde estão os estrangeiros. Com tudo isto, porque chovia muito e íamos mui molhados, nos recolhemos em outra casa para nos enxugar, e daí a pouco vieram com grande fúria, com espadas e outras armas contra nós..."
No Brasil, onde viveu de 1549 a 1557, escreveu um livro, que não foi publicado, intitulado Oraciones y Catequesis en la Lengua General del Brasil.
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
TÍTULOS HONORÍFICOS DE SÃO FRANCISCO XAVIER
TÍTULOS HONORÍFICOS
Xavier com o Crucifixo vence a Espada dos invasores
13 - Impede a guerra impondo o Crucifixo
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
Soneto de são Francisco Xavier a Cristo crucificado
Soneto a Cristo Crucificado
O céu que me hás um dia prometido:
E nem me move o inferno tão temido
Para deixar por isso de ofender-te.
Tu me moves, Senhor, move-me o ver-te
Cravado nessa cruz e escarnecido.
Move-me no teu corpo tão ferido
Ver o suor de agonia que ele verte.
Moves-me ao teu amor de tal maneira,
Que a não haver o céu, ainda te amara
E a não haver o inferno te temera.
Nada me tens que dar porque te queira;
Que se o que ouso esperar não esperara,
O mesmo que te quero te quisera.
Resumo da Vida de são Francisco Xavier
domingo, 21 de agosto de 2016
O nome Francisco
Francisco:
Significa "francês livre", ou "aquele que vem da França".
O nome Francisco tem origem no latim Franciscus, que veio do germânico Frank, que quer dizer "Franco" mais o sufixo isk, que denota nacionalidade. Franco significa "livre", por isso a tradução do nome Francisco é "francês livre".
A primeira ocorrência do nome Francisco aconteceu no século XIII. Estando na França quando o filho nasceu, e como era admirador desse país, um homem italiano da cidade de Assis resolveu mudar o nome do filho de Giovanni, variante italiana de João, para "Francesco". Este menino veio a ser São Francisco de Assis. São Francisco de Assis foi canonizado dois anos depois da sua morte, e ficou conhecido principalmente por ter renunciado à riqueza mundana e se ter dedicado aos mais pobres, bem como pelo cuidado com os animais e a natureza, tornando-se futuramente o padroeiro dos animais. Fundou em 1209 a Ordem dos Frades Menores - mais conhecida como Ordem dos Franciscanos - que prega principalmente a humildade, através de uma vida mais simples possível e a pregação do evangelho. 
Em razão da popularidade de São Francisco de Assis, o nome foi difundido pela Europa Ocidental durante a Idade Média, chegando a nomear pelo menos dois reis franceses no século XVI.
Em 1506, logo depois do nascimento, no ato do batismo, também o novo filho das terras de Xavier, recebera este nome. Tornou-se FRANCISCO JASSU DE ASPIZCUETA Y JAVIER
Os meninos registrados com esse bonito nome predominantemente masculino podem ser afetivamente chamados de "Chico". Tem como forma feminina Francisca. Origem do Nome Francisco Origem: Latina, Germânica Nomes Relacionados Franciele Francisca Francine Frank Francis Chico Franco Francesco Paco Kika Fany Locais com o Nome Francisco San Francisco (Estados Unidos), Francisco Morato (Brasil), San Francisco de Macorís (República Dominicana), San Francisco del Rincón (México), South San Francisco (Estados Unidos), San Francisco (Argentina), Francisco Beltrão (Brasil), San Francisco (Costa Rica), San Francisco El Alto (Guatemala), São Francisco do Sul (Brasil) Outras Informações do Nome Francisco Gênero: nome masculino
sábado, 20 de agosto de 2016
Missionários Xaverianos
Missão dos Missionários Xaverianos
2. O Reino de Deus tem sua origem e sua realização no Amor de Deus Trindade, se manifesta e se realiza na comunhão das pessoas com Deus e entre si
3. Aguardando a vinda deste Reino, caminhamos junto aos povos para nos tornarmos pessoas livres que praticam a justiça e difundem a paz, na espera operante que Deus seja tudo em todos.
4. Pelo nosso carisma específico, somos enviados a povos e grupos humanos que não pertencem a nenhuma igreja, fora do nosso ambiente, cultura e comunidade de origem.
5. Seguindo o exemplo de Jesus, dirigimo-nos em particular aos destinatários privilegiados do Reino: os pobres, os fracos, os marginalizados pela sociedade, as vítimas da opressão e da injustiça.
6. Nosso primeiro serviço ao Reino de Deus é o anúncio do Evangelho a quem não o conhece, com a palavra e com a vida.
7. Com fraterno e qualificado diálogo de vida e de fé, nos comprometemos a promover junto a seguidores de outras religiões os valores comuns do Reino.
8. Procuramos seguir o caminho traçado por Jesus com sua encarnação solidária. Esta nos pede uma atenção constante para as diversas exigências dos tempos e dos lugares, e uma profunda partilha de vida com os irmãos e as irmãs aos quais somos enviadas.
9. A nossa missão dentro da Igreja é a animação missionária nas comunidades cristãs, para que elas não se fechem em si mesmas, mas se abram com coragem ao mundo, respondendo com alegria ao chamado de testemunhar e anunciar a todos os povos o Amor de Deus.
10. Temos um sonho audacioso: fazer do mundo uma só família.
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
SFX pafroeiro da Vila (praia) do Galeao no município de Cairu Bahia
Praia do Galeão (Cairu)
Com uma população de pouco mais de mil habitantes, o distrito de Galeão é uma pequena vila de pescadores que sobrevive da pesca artesanal de siri e camarão e está localizado na contracosta da ilha de Tinharé,[1] município de Cairu, Bahia. Embora seja de uma beleza singular, essa localidade não possui praias balneáveis, não atraíndo o turista tradicional e ficando assim de fora do circuito turístico muito forte na região.
História
Durante a colonização portuguesa, o Galeão foi um centro de produção agropecuária e mais recentemente exportadora de piaçava e dendê que eram então beneficiadas no local. Esse beneficiamento foi por muitos anos a principal fonte de renda dos moradores dessa vila, mas que devido a problemas trabalhistas que obrigaram os trabalhadores a reclamares direitos e deveres dos proprietários das fazendas esses serviços foram desativados e o beneficiamento hoje é feito em outros centros. Esta ruptura no sistema econômico levou o Galeão a se recolher nas atividades de mariscagem. Vila pacata, cravada no coração do manguezal, de onde ao longe se impõe a igreja mais antiga de Tinharé, qual avisa a aproximação da vila de Galeão. A Igreja de São Francisco Xavier, do ano de 1644, construída no alto de um morro, da qual se pode ter uma bela vista. Ainda é possível encontrar nessa vila marcas muito fortes da colonização portuguesa como o casarão "Quatro Estações" que foi construído no século XIX. Mas a cultura africana é, sem dúvida a que deixou mais a sua contribuição na comunidade. Ainda é possível encontrar no local manifestações folclóricas como Zambiapunga, desfile de Afoxés, Bumba meu boi, Lavagem da Igreja de São Francisco Xavier (padroeiro da vila), Cordão de São Benedito, entre outros.
Galeao, povoado da Ilha de Tinhare
A ilha de Tinharé localiza-se no município de Cairu, no litoral do estadobrasileiro da Bahia, com cerca de 400 km2 e quatro povoados: Morro de São Paulo, Garapuá, Gamboa e Galeão.
É conhecida desde 1531, quandoMartim Afonso de Sousa avistou, dando o nome de Tynharéa. Em 1630, foi construído um forte para defender a capital baiana e o Recôncavo Baiano. Logo após, foi construída uma capela à Nossa Senhora da Luz, em Morro de São Paulo, e também a Igreja de São Francisco Xavier, em Galeão [1].
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
聖フランシスコ・ザビエル
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Milagre do crucifixo trazido pelo caranguejo
Acompanhado de João Ragoso e Fausto Rodrigues, deixando João de Eiro na direção dos cristãos de Ambóino, dirigiram-se numa ligeira embarcação para Baranura. Bem depressa se declarou uma tempestade tal que os próprios marinheiros ficam aterrados; já se julgavam perdidos. Gritavam pela ajuda de Deus.
Francisco Xavier toma o seu crucifixo, inclina-se sobre a borda do barco para mergulhá-lo naquele mar em fúria... e o crucifixo escapa-lhe da mão! Na mesma hora o as águas se acalmaram. O Santo apóstolo mostra-se em extremo consternado por aquela perda, chora aquele tesouro, que havia operado tantos prodígios, tesouro que o consolara tantas vezes nas amarguras do seu laborioso e penoso apostolado.
O caranguejo vai direito ao Santo apóstolo e pára junto dele. Xavier ajoelha-se, prostra o rosto no chão, toma o seu amado crucifixo que lhe será dali em diante muito mais precioso, beija-o com todo o amor e reconhecimento de que está cheio o seu coração, e o caranguejo, voltando sobre os seus passos, desapareceu nas ondas.
Fausto Rodrigues, testemunha deste milagre, acrescenta, na sua narração, que o Padre Xavier, depois de, ter beijado muitas vezes o seu maravilhoso crucifixo, conservou-se por meia hora em oração, com as mãos cruzadas sobre o peito, agradecendo à divina Bondade um tão admirável prodígio.
Grupo dos devotos de São Francisco Xavier no facebook
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
A morte de São Francisco Xavier
A morte de São Francisco Xavier
Por Georg Schurhammer, SJ. (biógrafo)Itália, afresco de Andrea Pozzo na igreja de Santo Inacio de Roma, retratando xavier |
A travessia, com vento favorável, transcorreu sem incidentes. No entanto, no navio, havia muitos enfermos, entre os quais Álvaro Ferreira e Antônio China. Como de costume, Xavier cuidava de todos os doentes, “assim cristãos como mouros”; repartia com eles a maior parte da comida que lhe davam.
Em Sancião, encontrou Xavier vários navios portugueses, ancorados. Na praia, havia cabanas de palha, habitação provisória dos comerciantes portugueses, que costumavam queimá-las, ao acabarem seu comércio clandestino com os mercadores de Cantão. Jorge Álvares acolheu amigavelmente Xavier e seus companheiros.
Em dois dias, os portugueses construíram uma pequena igreja de palha, sobre a colina. A partir do domingo, 4 de setembro, Xavier celebrará missa todos os dias, ensinando a doutrina cristã às crianças e aos escravos dos portugueses, ouvindo confissões e batizando os filhos de escravas e até de marinheiros mouros. O resto do tempo gastava-o em rezar, visitar doentes, enterrar os mortos, reconciliar os inimizados e recolher esmolas para os pobres.
Enquanto se ocupava nestas atividades, habituais nos primeiros jesuítas, o Padre Francisco Xavier buscava a maneira de entrar na China, cujas montanhas divisava a três léguas de distância. Por meio de Jorge Alvares e outros amigos portugueses, Xavier entrou em contato com comerciantes chineses de Cantão, que trocavam seus tecidos de seda e objetos de porcelana pela pimenta e demais especiarias dos portugueses. 
Os chineses eram educados, inteligentes e “amigos de novidades”. Admiravam os conhecimentos do Padre e também sua vida exemplar. Conversavam com ele, através de intérprete, a respeito do universo, dos fenômenos da natureza e de questões filosóficas. Mas ninguém se dispunha a leva-lo até Cantão, pois quem o fizesse colocaria em risco a própria vida.
Os portugueses tentaram afastar Xavier do seu projeto de entrar na China. Mas ele se manteve firme. Estando com esta determinação, pegou uma gripe, com febre, dor de cabeça e calafrios. Continuou a celebrar a missa, mas interrompeu o ensino da doutrina, até que um purgante que lhe deram os portugueses pareceu devolver-lhe a saúde. Retomou sua costumeira atividade apostólica e suas conversas com os chineses.
Finalmente, um chinês concordou em levar o Padre a Cantão, em troca de 24 quintais de pimenta. Os perigos que Xavier e seus companheiros iriam enfrentar eram muitos: depois de receber a pimenta, o chinês poderia abandona-los em qualquer ilha ou joga-los no mar; mesmo chegando a Cantão, os “diabos estrangeiros” poderiam ser presos, torturados e mortos nos cárceres da cidade.
Para Xavier, porém, era maior ainda o perigo de deixar de esperar e confiar na misericórdia de Deus, por cujo amor e serviço queria entrar na China. Em carta a um companheiro de Malaca, o Padre lembra os textos bíblicos que o confirmam na sua confiança no Senhor: “Quem ama sua vida vai perdê-la, e quem despreza sua vida neste mundo, vai conservá-la para a vida eterna” (Jô 12,25). “Quem põe a mão no arado e olha para trás, não serve para o Reino de Deus” (Lc 9,62). “Se Deus está a nosso favor, quem será contra nós?” (Rm 8,31). Xavier conclui: “Daqui não sei que mais lhe dizer, senão que estamos mui determinados a ir a China” (Sancião, 22 de outubro de 1552).
No entanto, as coisas não aconteceram como Xavier esperava. Álvaro Ferreira perdeu a coragem, por medo aos cárceres chineses. O Padre não teve dúvida em despedi-lo da Companhia. Ao Reitor de Goa, Xavier lhe escreve: “Encomendo-vos que recebais muito poucos na Companhia; e os que já foram recebidos passem por muitas experiências, porque me temo que a alguns seria melhor despedi-los, assim como eu fiz com Álvaro Ferreira, porque não é para a Companhia” (Sancião, 13 de novembro de 1552).
No dia 13 de novembro, os portugueses queimaram suas cabanas e saíram de Sancião, levando as últimas cartas do Padre Francisco Xavier. Jorge Alvares saiu sem despedir-se de Xavier. Este, que tinha o dom de profecia, disse: “Não sairá de Malaca, pois vai morrer lá”. Com efeito, Alvares morreu assassinado, em Malaca. Mas é possível que uma das causas da pleurisia que lhe custaria a vida a Xavier fosse o desgosto que lhe causou a saída apressada do amigo.
O chinês que deveria leva-los a Cantão não acabava de chegar, mesmo tendo Xavier aumentado a quantia de pimenta que lhe entregaria. O missionário ficou sozinho, com o indiano Cristóvão e o chinês Antônio, que não servia de intérprete por ter esquecido a língua. No dia 21 de novembro, o Padre caiu doente. Não tendo mais recurso em terra, foi levado à nave “Santa Cruz”, ancorada na baia. No barco não comeu nem bebeu nada e o balanço das águas aumentou o estado febril do doente. Regressou a terra com muita febre, umas calças que lhe deram para o frio e algumas amêndoas.
Seguindo a medicina da época, Xavier foi tratado com sangrias e purgas. Consciente da proximidade da morte, mandou a Antônio que levasse ao navio os poucos objetos que possuía: escritos, livros, roupas e imagens. Delirando, falou em uma língua desconhecida de Antônio (talvez a língua natal, o basco), intercalando versículos dos salmos em latim.
No dia 26 de novembro, perdeu a fala e não reconhecia ninguém. Recobrou a fala no dia 1º de dezembro, nomeando em voz alta a Ssma. Trindade e repetindo muitas vezes a invocação: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!”.
No dia seguinte, reconheceu o indiano Cristóvão e lhe disse em português: “Ai, triste de ti, triste de ti, triste de ti”. Seis meses depois, Cristóvão morreria em Malaca, em meio a uma vida dissoluta. Sentindo Antônio China que o Padre morria, ficou com ele naquela noite. Depois, ele contou que o moribundo olhava sempre um crucifixo “e com o nome de Jesus na boca, entregou sua alma e espírito nas mãos de seu Criador e Senhor, com grande repouso e quietude”.
Segundo o relato do chinês, Francisco Xavier “faleceu um sábado, antes do amanhecer, aos 3 de dezembro do ano de 1552, na ilha e porto de Sancião, em uma casa de palha, alheia, dez anos depois de ter vindo a estas partes da Índia”. As últimas palavras foram: In te Domine speravi, non confundar in aeternum (“Em ti, Senhor, esperei. Não me confundas para sempre”).
India, afresco que decora uma das paredes da paróquia São Pedro, em Bombay e que representa a agonia de Xavier na ilha de Sancián |
O corpo de Xavier foi metido e uma arca com cal e enterrado naquela ilha inóspita. Depois, os portugueses o levaram a Malaca e Goa, onde, até hoje é objeto de veneração. O povo o conhecia, simplesmente, como “o Padre santo”. A Igreja reconheceu, oficialmente, sua santidade e o declarou Padroeiro do Oriente e das missões. João Paulo II o chamou “príncipe dos missionários”.