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Autor indiano, Milagre da transformação da água salgada em água doce, óleo sobre tela, séc. XVII, Capela Mortuária de S. Francisco Xavier |
Ladainha de São Francisco Xavier: "A quem o vento e o mar obedeceu - Rogai por nós!"
Francisco
Xavier realizou a maior parte das suas viagens por mar, onde terão ocorrido
alguns dos seus mais notáveis milagres. Citando Lorenzo Ortiz na sua magnifica
obra San Francisco Javier, Príncipe del Mar (1682):
O milagre da
transformação da água salgada em água doce durante uma viajem por mar em 1552 é
seguramente um dos milagres que mais contribuíram para a designação de
Francisco Xavier, “o Milagre dos Milagres”, e sobretudo para o seu epíteto de
“O Príncipe do Mar”. Este milagre que foi testemunhado por sessenta inquiridos
durante os processos de 1616-1617 foi colocado no topo dos milagres incluidos
na Relatio Super Sanctitate et Miraculis Patris Franciscis Xaverii em 1619. O
cronista jesuíta Sebastião Barradas, que compilou os relatos dos processos de
1616 e 1617, concluiu que Francisco Xavier teria transformado várias vezes água
salgada em água doce, umas vezes com os pés, outras vezes da água recolhida
pelos marinheiros, milagres condensados numa bonita pintura decorando a Capela
de S. Francisco Xavier em Goa.
Na arte
oriental destacam-se dois extraordinários biombos com a alusão simbólica a este
atributo xaveriano. Um destes objectos terá sido oferecido pela Cidade de Macau
à Casa Professa de Roma em 1624 para agradecer o envio de uma relíquia do braço
direito de Francisco Xavier. O outro biombo encontra-se actualmente no Museu
dos Mártires em Nagasáqui, China. Em ambos os biombos um caranguejo no escudo
dos soldados alude à protecção de Francisco Xavier.

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