domingo, 6 de novembro de 2016

As virtudes acompanham a história de são Francisco Xavier

Padroeiros e Santos Amigos São Francisco Xavier – Padroeiro do Apostolado da Oração – Santidade e Zelo 1- NASCIMENTO: No dia 3 de dezembro de 2005 foi proclamado em Xavier (Navarra, Espanha), com a presença do nosso Diretor mundial, o ano jubilar comemorativo dos 500 anos do nascimento de Francisco Xavier. O caçula de cinco filhos nascia num lar profundamente cristão, a sete de abril de 1506. Seus pais, Dr João e D. Maria (já com 42 anos), senhores de Xavier, mal podiam pensar que, um dia, aquele filhinho seria nomeado pelos Papas Padroeiro mundial das Missões e do Apostolado da Oração. 2- COMEÇANDO SUA HISTÓRIA: Aos 19 anos Francisco despede-se de sua mãe, agora viúva, para dirigir-se a Paris, buscando subir na ciência e nas honras. Na Universidade da Sorbonne estudará Filosofia e Teologia e lecionará como Mestre durante três anos. Na volta para a sua terra teria garantido um lugar na cúpula da hierarquia navarrense. 3- CONVERSÃO: Num convento de Clarissas, a abadessa Madalena, sua irmã mais velha, orava pela conversão do jovem Xavier dos ideais mundanos de dinheiro, de poder e de glória para os ideais do seguimento de Cristo pobre e humilde. E um piedoso colega de estudos, Inácio de Loyola que o ajudava nos momentos de aperto pecuniário e arranjava bons alunos para suas classes, repetia-lhe: “que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder-se a si mesmo...?” Lc 9,25. Afinal, na luta travada no coração de Xavier vence a graça. Na manhã da festa da Assunção de 1534, na Capela de São Denis, em Montmartre, junto com Inácio e companheiros, Xavier se consagra a Deus com os votos de pobreza e castidade e o compromisso de passar à Terra Santa para pregar aos infiéis. Pouco depois fez um mês de Exercícios Espirituais sob a direção de Inácio. No final, um fogo novo ardia no seu coração: a decisão de conquistar o mundo para JESUS. Para si, pobreza e humildade. Para Deus e os homens todo seu coração e energias até a morte. 4- APOSTOLADO: Em 1536 parte de Paris com seus companheiros a pé até Veneza, porto de embarque para Jerusalém e Terra Santa. Ali é ordenado sacerdote. Com a bênção do Papa Paulo III esperam o momento oportuno para embarcar. Mas a guerra de Veneza com os turcos os impede de realizar seu sonho. Colocam-se então às ordens do Papa em Roma que, a pedidos de D. João, Rei de Portugal, envia a Francisco Xavier para evangelizar na Índia. A 15 de junho de 1540 chega a Lisboa, onde exercitará durante dez meses a língua portuguesa e os “ministérios da consolação” (confissões, direção espiritual, visitas aos enfermos). Em maio de 1542, aos 36 anos de idade, após treze meses de viagens em frágeis navios, chega a Goa, sua base, na Índia. Logo começa a visitar e consolidar as Comunidades cristãs. Em dois anos percorreu 13 vezes os 1.100 km de viagem de ida e volta visitando as Comunidades da Costa da Pescaria. Em 1545 eram já 30.000 as novas ovelhas acrescentadas ao rebanho. Preparou catequistas, revitalizou o Seminário, abriu escolas e obras sociais. Sólida base da hoje florescente Igreja da Índia. De 1545 a 1546, navegando milhares de km, iniciou e organizou as novas Comunidades cristãs em Malaca, no Arquipélago malaio, até a remota Papuásia, nos confins da hoje Indonésia. De 1549 a 1552 Francisco realizou a maravilhosa obra da missão japonesa: Estudou previamente a língua, conheceu as religiões do país, traduziu para o japonês o Evangelho de Mateus e o decorou. Conseguiu criar várias comunidades cristãs que as perseguições, longe de exterminar, consolidaram, formando a brilhante Igreja do Japão. Em 1552, a braços com grandes dificuldades, Francisco Xavier tentou abrir ao Cristianismo as portas do fechado Império Chinês. Morreu de cansaço e febre a 3 de dezembro desse ano, numa cabana de folhas de coqueiro na Ilha de Sancian, junto ao mar, de frente ao litoral do continente, esperando o barquinho que o introduziria na China.. 5- MISSIONÁRIO POPULAR: Ouçamos o relato do Santo em carta da Índia (20.9.1542) a seus companheiros de Roma: “Em Goa passei a residir no Hospital. Ouço confissões dos doentes e lhes dou a Comunhão. Outros de fora vêm confessar-se. Não daria conta de ouvir a todos nem que estivesse em dez lugares ao mesmo tempo... De tarde vou à cadeia ouvir confissões dos prisioneiros, dando-lhes antes alguma instrução sobre o modo de fazer uma confissão geral. Depois vou a uma Capela de Nossa Senhora... e ensino às crianças suas preces, o Credo, os Mandamentos. O número dos que vêm às instruções freqüentemente supera os 300. O Senhor Bispo ordenou que eu fizesse o mesmo em outros lugares, mas ainda não pude. Tenho sido tratado com muito amor e boa vontade por todos. Nos domingos e festas prego, depois da ceia, para os cristãos da terra na Capela de Nossa Senhora, a respeito dos artigos da fé. Vem tanta gente que não há lugar para todos na capela. Após o sermão lhes falo do Pai-nosso, da Ave-maria, do Credo e dos Mandamentos. Nos domingos vou rezar a Missa fora da cidade, para os leprosos. Ouço suas confissões e lhes dou a Comunhão. Prego para eles uma vez. Eles me são muito devotados e os meus melhores amigos” (F. Moreno, Cartas e Avisos espirituais de S. Francisco Xavier, Carta de 20.09.1542, n. 12-13) 6- ALMA ORANTE E EUCARÍSTICA: De dia era todo do próximo. À noite era todo de Deus. Assim imitava a JESUS que pregando de dia “passava a noite em oração” Lc 6,12 “Aqui em casa -relata um companheiro de Goa- dormia três ou quatro horas cada noite e pela uma da madrugada ia a um pequeno coro da Igreja donde se vê o Santíssimo Sacramento. Ficava em oração até o amanhecer”. “Na celebração da Santa Missa ficava de tal modo mergulhado e absorto em Deus que os acólitos, já impacientes, deviam puxar-lhe dos paramentos para que prosseguisse na celebração”. “Tamanho era o ardor do amor a JESUS no coração que foi visto caminhando com os olhos fixos no céu e o rosto em chamas a exclamar ‘basta, Senhor, basta!’...” de tanta consolação. “E não somente na vigília, mas também no sono o santo sacerdote repousa em Deus: Freqüentemente os companheiros o ouviam pronunciar, dormindo, o nome de JESUS” (Bula de Canonização) 7- RICO EM VIRTUDES: “Entre as virtudes, qual estrela matutina, resplandeceu em Xavier a caridade. Manifestava-a em todas as atividades, sobretudo quando servia aos doentes. E mais ainda aos doentes pobres. Esquecido da comida e do repouso, confortado por Deus, não se afastava da cabeceira do leito dos doentes graves. E lhes ministrava com profunda alegria os auxílios espirituais. Cuidados e atenção que prestou aos doentes toda sua vida”. “Apesar de ser enriquecido com variados dons do Senhor não sentia vaidade. Pelo contrário, crescia na humildade. Realizava os serviços domésticos como se fosse o último servo. Usava veste pobre e áspera, até o ponto de provocar o riso das crianças. Venerava com exímio respeito não só os bispos com também os sacerdotes. Ao Pe. Inácio, seu Superior, escrevia sempre de joelhos. Detestava honras e louvores à sua pessoa. Por isto só uma vez, coagido por grave motivo, usou da dignidade de Núncio Apostólico concedida pelo Papa” (Bula de Canonização).

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