Atividades Missionárias

A Confraria dos Devotos de São Francisco Xavier recomenda a seus membros a abertura às missões. Este compromisso é a concretização de todos os demais compromissos dos membros da Confraria. A animação missionária, pode-se dizer, que é o GESTO CONCRETO de todos os membros da Confraria. Orientamos a todos os membros que busquem exercitar-se nas ações missionárias, sobretudo, nas visitas às famílias para evangelização destas.
Para isso, a Confraria indica algumas ações, a saber:
  • Formar um grupo permanente de missão  - ( o principal) - Cada membro desta confraria pode formar um pequeno grupo missionário com cerca de 05 a 15 pessoas. Este grupo missionário pode está vinculado a Confraria, mesmo que os demais membros não tenham os meios eletrônicos (e-mail e as demais mídias sociais de  contato com a Confraria. Recomendamos que o coordenador deste grupo faça a inscrição dos demais na nossa Confraria). O grupo deve desempenhar ações missionárias com certa frequência e poderá se reunir também para celebrar as devoções a São Francisco Xavier e estudar a vida do santo, se quiser.
  1. Realizar visitas as famílias;
  2. Realizar encontros celebrativos em comunidades;
  3. Assumir animação para criar novas comunidades Eclesias na Paróquia;
  4. Assumir formação catéquetica em comunidades/Bairros vizinhos onde ainda não há catequistas; (Catequista missionário);
  5. Realizar palestras em outras comunidades Eclesiais (nas capelas);
  • Buscar estar inserido  nos organismos de missão da Paróquia ( o COMIPA). De forma, a manter-se firme na animação missionária e ainda poder ajudar no planejamento da ação missionária da Paróquia.
  1. Sugerimos também que o Membro da Confraria organize grupos de IAM (Infância e Adolescência Missionária) e de JM (Juventude Missionária).

OBS.:  A Confraria orienta que as ações missionárias desenvolvidas pelos membros sejam compartilhadas. Ou seja, peço que envie para o Coordenador geral pelo e-mail de contato e pelas mídias sociais.

Pistas de ação  para a animação missionária por Stefano Raschietti, sx
22. Para colocar na pauta das comunidades eclesiais o elemento fundante da universalidade é necessário, antes de mais nada, de processos participativos amplos, pois a animação missionária não
pode apresentar-se como uma pastoral que se soma a outras pastorais, ou como a Cinderela das pastorais, mas como elemento central que perpassa todos os movimentos, associações e pastorais (cf. RM 83). A partir desta premissa, é preciso elaborar um projeto, encontrando caminhos viáveis e propostas pedagógicas pastorais capazes de envolver as comunidades locais de maneira simples e acessível, num crescimento e num comprometimento afetivo e efetivo com a missão além-fronteiras. Essas tarefas podem constituir não apenas uma pauta específica que mira abrir os horizontes e o coração de nossas Igrejas ao mundo inteiro, como também podem tornar-se propostas
de ação para a Nova Evangelização, para a Pastoral de Conjunto e para a animação global da vida de nossas comunidades.
23. Em primeiro lugar, precisa incentivar a ver o mundo todo, através uma informação missionária como informação alternativa em relação aos problemas da humanidade inteira, de cada povo e de cada igreja. Não se ama o que não se conhece, e não se conhece o que não é despertado por uma paixão. Se é verdade, pois, que a missão é, por excelência, ―comunicação‖, e que somos chamados a comunicar esta paixão de coração pelo Reino, além de todas as fronteiras, precisamos assumir um compromisso mais sério com os meios de comunicação, com o investimento em pessoas, estruturas e organização, com a produção e divulgação da imprensa missionária, educando o nosso povo ao hábito da leitura, incentivando uma informação e comunicação aberta ao mundo, que favoreça o conhecimento das realidades internacionais e que faça surgir laços sempre mais fraternos com outros povos, em vista da construção de um mundo mais justo e solidário.
24. Em segundo lugar, precisamos fomentar a formação missionária para uma maior reflexão e para um maior crescimento na fé e na ação de nossas comunidades no mundo. A formação dos discípulos missionários é uma opção clara e decidida da Conferência de Aparecida (cf. DA 276) e a dimensão universal da missão não pode ficar de fora desse processo. De um lado, é preciso multiplicar os cursos de missiologia, em diversos níveis a partir da formação presbiteral (cf. DA 323). Uma boa teoria é etapa fundamental de uma boa prática missionária, da mesma forma que a elaboração de um projeto é o primeiro passo para a construção de um edifício. Por outro lado, devemos chegar a uma reflexão missiológica sempre a partir de nossas experiências significativas, visando nossas práticas missionárias, transformando continuamente nossas posturas e convertendo nosso coração.
25. “Sejam sempre capazes de sentir profundamente qualquer injustiça praticada contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. Essa é a qualidade mais linda de um revolucionário‖. Assim Ernesto Che Guevara despedia-se dos filhos em sua última carta antes de ser morto na Bolívia. O discípulo missionário de Jesus teria mais motivos ainda para tornar próprias estas palavras: todas as angústias do mundo são suas angustias, todas as alegrias são suas alegrias, todos os sonhos são os seus sonhos.
Hoje, o cristão é chamado, por vocação, mais do que qualquer outra pessoa, a ser universal, ou seja, uma pessoa que tem responsabilidade não só sobre si e sua comunidade, mas sobre o mundo inteiro através de suas opções, suas atitudes, sua consciência e seus compromissos.
Numa época de globalização como a nossa, não é mais possível pensarmos em termos paroquiais,
regionais, nacionais ou continentais: são pequenos demais. Se houver salvação, será uma salvação
para a humanidade toda. Se houver paz, justiça, fraternidade, vida plena para todos, será em termos
planetários ou não será.
26. É preciso, portanto, educar a uma espiritualidade universal. Muitas vezes lembra-se aos cristãos que eles são missionários pelo batismo e por sua própria vocação (cf. DA 284 –285; 377), mas não se recorda, com o mesmo ânimo, que são universais, ―católicos‖, e que têm compromissos com o mundo inteiro. Sem essa característica se desvirtua completamente o ser missionário. A paixão pelo mundo, própria da vocação cristã, se expressa no sentir e no vibrar profundamente pela humanidade inteira, e em ser capaz de realizar gestos simples, ousados e concretos de solidariedade ede partilha com os outros povos. Em outras palavras, ―pensar mundialmente e agir localmente‖. Só assim nos tornaremos um sinal profético de uma nova humanidade mundial, fraterna e multicultural.
27. Uma terceira tarefa é, propriamente, a animação missionária. Da mesma forma que realizamos o CAM 3 –Comla 8 podemos multiplicar esses eventos pelos nossos países afora, nas diversas regiões, dioceses e paróquias. Não faltam também oportunidades no decorrer do Ano Litúrgico para aproveitar datas importantes, para promover iniciativas, tais como gincanas, concursos, festivais, vigílias, congressos, eventos, quermesses, exposições, conferências, testemunhos missionários, etc.
Nossos povos vivem de festas populares. Desta maneira poderemos oferecer ocasiões para sensibilizar-se e conscientizar-se para a causa missionária, que é a causa do Reino, de uma maneira simples, atrativa, dinâmica.
28. Uma quarta tarefa é a cooperação missionária. Toda informação, formação e animação deve chegar a um compromisso concreto de solidariedade com outros povos e outras Igrejas, por gestos de Fé (oração), Amor (partilha dos bens) e Esperança (dom da vida). O surgimento de projetos missionários com a Amazônia, com a África, e os projetos Igrejas Irmãs vão nesta direção de doação e de extensão da caridade até os confins do mundo. Precisamos, porém, incentivar práticas mais quotidianas e regulares, como o dizimo missionário, as campanhas missionárias, as recitações do Rosário Missionário e uma animação vocacional que aponte para um engajamento ousado, na dimensão universal da Missão, dirigida a diferentes e específicos sujeitos, como as famílias, os jovens, as crianças, os idosos/as, os presbíteros, os religiosos/as, os leigos/as.
29. Particularmente, quando falamos de cooperação missionária, a animação vocacional merece mesmo um destaque. É quanto mais necessário mostrar aos nossos jovens a beleza evangelica e radical da vocação missionária.
Descobrir que a vida pode ser a serviço de uma missão mundial, transformar a vida numa missãouniversal e doar a vida para a missão além-fronteiras, pode levar todo o povo de Deus a sair do torpor da acomodação e do puro louvor para um protagonismo efetivo, profético e planetário. Neste sentido, a animação missionária é chamada a ser uma animação vocacional ao jeito de Jesus: o Mestre não espera, mas vai lá onde as pessoas se encontram. É preciso entender que, se missão significa fazer discípulos(cf. Mt 28,19), a animação vocacional constitui o coração da missão.
30. Enfim, a quinta tarefa é a articulação missionária. Precisamos pensar à animação missionária como um jogo de time que entra em campo com uma finalidade, um esquema tático, papéis, regras e funções definidas. O nosso plano de ação precisa ser articulado, comunitário e pontual. Às vezes, os missionários e as missionárias parecem um time de futebol cheio de boa vontade, mas totalmente desarticulado, que entra em campo sem preparo físico e sem saber direito de que lado chutar a bola.

As Pontifícias Obras Missionárias e as outras instituições e organizações missionárias precisam ser mais e melhor conhecidas, integrar-se à pastoral missionária das comunidades locais, ter uma atuação efetiva junto às bases. 

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