São Francisco Xavier nasceu na Espanha em 1506 e faleceu em 1552 na China, aos 46 anos de idade. Fo
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sábado, 30 de dezembro de 2017
São Francisco Xavier foi o primeiro missionário no Japão
São Francisco Xavier: Apóstolo do Oriente
Francisco Xavier: Apóstolo do Oriente
Por: DANIEL CEREZO, Missionário Comboniano
Em 3 de Dezembro de 1552, São Francisco Xavier morria às portas da China, o seu grande sonho como evangelizador. Volvidos quatro séculos e meio, olhamos para a espantosa actividade missionária que consumiu a última década da sua vida e detectamos os sinais de uma modernidade que continua a interpelar-nos. Ao celebrarmos o 450º aniversário da morte de São Francisco Xavier e ao abordarmos esta figura missionária do Oriente, vale a pena sublinhar alguns aspectos da sua experiência missionária. Impressiona-nos o seu zelo apostólico, a sua capacidade de vencer as dificuldades e a sua criatividade missionária. Tudo isto, evidentemente, impregnado de uma admirável dose de fé. Mas fascina-me ainda mais constatar que, através das suas experiências e contextos missionários, se vai produzindo nele um processo de crescimento e transformação a nível humano, espiritual e missionário. A missão modifica Xavier, fá-lo crescer e amadurecer como missionário. E diante da mudança, não só não se amedronta como revela uma criatividade evangelizadora e uma audácia missionária dignas de encómio no contexto da sua época. Apóstolo na Índia Xavier inicia a sua actividade missionária ao ser solicitado e destinado pelo rei de Portugal D. João III para evangelizar os povos das Índias do Oriente, para onde embarca em 1541. Nos seus primeiros meses em Goa, Xavier serve-se de um método evangelizador em consonância com o ambiente colonial em voga. Não fora obra do acaso ter sido enviado com o beneplácito do rei. Tocava uma sineta pelas ruas e convidava as crianças para a catequese. Na ânsia de atrair todos a Cristo, durante os três anos que esteve na Índia realizou numerosas conversões. Nesta primeira etapa da sua vida sobressai a figura do apóstolo, caracterizada por uma actividade missionária frenética, com manifesto cariz sacramental.
Embora a Índia vivesse num contexto de profunda religiosidade, concretizada de forma especial na tradição hindu, pouco se ligava a esse mundo. A finalidade era baptizar. De facto, ele fora enviado para evangelizar os «infiéis», estratégia missionária própria dessa época e da teologia então em voga, que fazia tábua rasa de todos os vestígios da cultura local, sobretudo das crenças religiosas. Baptizar era a meta e esta tinha de ser atingida a qualquer preço. Neste primeiro período da sua vida, Xavier concentra as suas energias na expansão do cristianismo, indiferente às realidades culturais e religiosas dos convertidos e da população entre a qual desenvolvia a sua actividade missionária. Mas bem cedo Xavier teve de enfrentar as dificuldades, tensões e perseguições dos reizetes locais, que perseguiam os recém-convertidos, e dos soldados portugueses, que, em vez de lhe serem de ajuda nas contendas, causavam mais problemas à actividade evangelizadora com os seus costumes depravados. Xavier apercebia-se das injustiças a que os povos indígenas eram submetidos e não tardou em se distanciar do poder colonial ou, pelo menos, levantar a voz diante dessa situação, dirigindo-se por carta ao rei de Portugal com palavras duras. Em Malaca e nas ilhas Molucas também consegue abundantes frutos apostólicos. Em Malaca teve um significativo encontro, em 1547, com um japonês chamado Anjiro.
Depois disso, Xavier começa a sentir um grande interesse pelo Japão e sente desejo de aí levar a palavra de Deus. Ao sair da Índia, deixa a população católica entregue a outros missionários jesuítas. Nos seus primeiros passos no «sai da tua terra», a actividade missionária de Xavier ficou marcada pelo cariz colonial típico da época, não apenas na sua maneira de ver a missão, cuja finalidade era que «as almas dos infiéis se salvem do Inferno», mas também pelo facto de ter sido enviado com a protecção e beneplácito do poder mundano, representado pelo rei de Portugal. Discípulo no Japão Chegou ao Japão em 1549 com alguns jesuítas e os três primeiros japoneses baptizados em Goa. Um deles era Anjiro, fugido do seu país onde fora acusado de assassínio, e que se tornará a peça-chave na mudança do método e atitude evangelizadora de Xavier. Anjiro abrir-lhe-á os olhos diante da realidade de um mundo novo e diferente, onde os métodos missionários aplicados na Índia e em Goa não podiam ser usados. Xavier, longe de ignorar a cultura local e a religião xintoísta do Japão, não só mostra interesse como também desejo de aprender. É a época onde a figura do discípulo prevalece sobre a do apóstolo. Xavier mostra a sua admiração pelo Japão. É já um passo qualitativo na forma de ser missionário, em contraste com a mentalidade de então. É o tempo em que sobressai a figura do discípulo, que não sente só a necessidade de converter, mas primeiramente de abrir os olhos, escutar e aprender no contexto missionário em que vive. Dedica um ano inteiro ao estudo do japonês e a traduzir, pouco a pouco, com a ajuda de Anjiro, os trechos fundamentais da fé cristã, que depois lhe servirão para catequizar. Depois do estudo da língua começou a pregar e conseguiu algumas conversões, mas a hostilidade dos bonzos, que viam em Xavier um perigo e uma séria concorrência às suas alternativas religiosas, levou-o a abandonar a cidade. Dirigiu-se para o Centro do Japão e para algumas cidades do Sul, onde prosseguiu a pregação do Evangelho, formando pequenas comunidades cristãs. Após dois anos de permanência no país, outros missionários vieram prosseguir a sua acção evangelizadora. A passagem pelo Japão contribuiu para a mudança de estratégia e opções missionárias, descortinando aspectos que até então lhe eram desconhecidos. Descobre progressivamente ingredientes sem os quais seria impossível levar a cabo uma actividade missionária significativa e que 450 anos após a sua morte ainda permanecem actuais, ou seja: a paciência, uma vez que os resultados não apareciam com a mesma intensidade e rapidez que na Índia; a escuta e, portanto, o diálogo diante das perguntas que lhe faziam durante as lições de catequese e da necessidade de compreender a cultura local e de aprender a língua, coisa a que não estava acostumado na etapa anterior; e o testemunho de vida, que já havia manifestado na Índia, onde condenava os maus exemplos dos soldados portugueses, por se tornarem um entrave à sua acção apostólica. Místico na China Regressou a Goa e o seu pensamento começa a dirigir-se para a China, aonde planeia uma expedição com alguns dos seus colaboradores. No seu período japonês, ouvira falar do Império do Meio e convenceu-se de que o caminho para chegar ao coração do povo do Japão seria através da China, uma vez que o Japão, na sua maneira de ver, dependia culturalmente da China. Com o título de embaixador, outorgado pelo vice-rei da Índia, única forma de ter acesso à China, iniciou os preparativos. Mas a oposição de muita gente a tal desígnio, sobretudo por parte dos portugueses, fará com que a ideia pouco ultrapasse as intenções. Contudo, e apesar das advertências de que, se chegasse a entrar na China, o esperaria uma rigorosa prisão, Xavier não desiste da sua ideia. As dificuldades surgiram de todos os lados e o círculo dos seus colaboradores reduziu-se a um pequeno grupo, ou seja, aqueles que depois o enterraram na ilha de Sanchoão, às portas da China, aonde conseguiram aportar num pequeno barco. Enquanto planeava a sua viagem para entrar no continente chinês, sobreveio uma doença da qual morreu. Nesta terceira etapa, Xavier encarna, talvez inconscientemente, a figura do místico: quase abandonado por todos, mas com uma visão que não chega a concretizar, por ter morrido: anunciar a Cristo na grande China. Xavier é o Moisés que avista a Terra Prometida sem a poder pisar. A sua visão de chegar às portas da realização do seu sonho é o legado de impulso, de audácia e vitalidade missionária que deixou à posteridade. Um zelo quase inimaginável Xavier é o marco de uma forma de ser missionário em que sobressaem: * O zelo missionário de se consumir pelo Evangelho. Num curto período de dez anos visita países e catequiza em tantas nações, que se torna quase impossível imaginar tal mobilidade nessa altura. Este zelo missionário manifesta-se particularmente intenso nos momentos de adversidade, diante dos quais não se verga, enfrentando-os com uma visão de fé que se torna motivo de reflexão para a Igreja missionária de hoje. * O processo de crescimento espiritual e missionário de Xavier, segundo os contextos e a realidade missionária com que depara. A sua formação intelectual europeia não o ajudava certamente a entender o mundo oriental, mas será a realidade, os sinais dos tempos, que a irão transformando. Demonstra grande capacidade de adaptação a novas situações, de iniciativa e criatividade, procurando novas formas para partilhar a mensagem evangélica, sobretudo no Japão. Para já não falar na sua capacidade de animador missionário, que Xavier exerceu na sua vida mediante cartas aos companheiros e a jovens, inflamando-os com o espírito missionário. Falámos nas três etapas da sua vida: apóstolo, discípulo e místico. Se bem que não estejam perfeitamente delimitadas no tempo, creio, ainda assim, que marcam cada uma das etapas da sua vida. Não seria exagero considerar São Francisco Xavier como apóstolo do Oriente, porque de facto aí desenvolveu uma actividade pioneira, abrindo caminhos. Embora sejamos tentados a deixar-nos levar pela auréola de santidade, que a história e os exageros do costume tornam inevitáveis, acho ser de toda a justiça realçar na sua vida o crescimento e o amadurecimento missionários através de múltiplas experiências, a identificação com Cristo e a sua entrega qualificada e total ao serviço da missão.
terça-feira, 28 de novembro de 2017
Datas importantes da biografia de São Francisco Xavier
DATAS IMPORTANTES
domingo, 5 de novembro de 2017
São Francisco Xavier taumaturgo e apóstolo do Oriente
São Francisco Xavier, Apóstolo do Oriente e taumaturgo Abrasado pelo amor a Deus, Francisco Xavier inflamou os lugares por ele evangelizados, com o fogo do amor divino e o brilho de seus milagres Plinio Maria Solimeo Para Santo Inácio de Loyola não havia dúvida. O Papa, para atender ao Rei João III de Portugal, estava pedindo-lhe membros de sua recém-fundada Companhia para evangelizar os domínios portugueses de ultramar. Como Francisco Xavier era o único de seus discípulos disponível no momento para acompanhar Simão Rodríguez, teria que ir. No entanto, dos seus primeiros filhos espirituais, Xavier era o predileto, aquele que planejara ter consigo como conselheiro e provável sucessor. Mas Inácio de Loyola havia escolhido como lema de sua milícia Ad Majorem Dei Gloriam (Tudo para a maior glória de Deus). Se bem que tivesse sentimentos muito profundos, não era um sentimental. Chamou logo Francisco. Sempre pronto a obedecer, o futuro Apóstolo das Índias exclamou: “Pues! Heme aqui!” (Estou pronto! Vamos!). No dia 16 de março de 1540, provido dos títulos de Núncio Papal e Embaixador de Portugal para os países do Oriente, Francisco Xavier foi despedir-se de seu pai espiritual. Santo Inácio, pondo-lhe as mãos sobre os ombros, percebeu que a batina era muito rala. “Como, meu caro Francisco! Ides cruzar as neves dos Alpes com roupa tão leve?” O discípulo sorriu timidamente. “Depressa, desvestindo sua própria batina, o Fundador da Companhia de Jesus tirou uma veste de flanela que estava usando, e fê-la vestir em Xavier. Era como se, com essa parte de sua vestimenta, desse uma parte de si mesmo ao filho que partia”.(1) “Ide: acendei e inflamai todo o mundo”, foram as últimas palavras do antigo capitão de Pamplona ao ex-mestre do Colégio de Beauvais. Essas palavras tornaram-se proféticas, pois o que esse hidalgo espanhol fez o resto de sua vida não foi senão inflamar tudo com o ardente fogo de seu amor de Deus. Reformando a “Goa dourada, a Roma do Oriente” Francisco Xavier tinha 35 anos quando cruzou o oceano para chegar a Goa em 6 de maio de 1542. Essa cidade, capital das possessões portuguesas no Oriente, atraíra toda sorte de soldados de fortuna e aventureiros, os quais, longe de sua pátria, família, parentes e conhecidos, tinham caído numa vida licenciosa que escandalizava não só seus correligionários, mas até os pagãos. Dom João de Castro, um dos maiores vice-reis das Índias, descreve assim a situação de Goa à sua chegada: “As cobiças e os vícios têm cobrado tamanha posse e autoridade, que nenhuma cousa já se pode fazer por feia e torpe, que dos homens seja estranha”.(2) Braço de prata com relíquia do Santo Impelido “pela necessidade de perder a vida temporal para socorrer a espiritual de seu próximo”,(3) São Francisco Xavier atirou-se ao trabalho, começando pelas crianças e doentes. Aos poucos sua fama no confessionário e no púlpito atingiu outras áreas, e gente de todas categorias passou a procurá-lo para purificar sua alma. “Aqui em Goa eu moro no hospital, onde confesso e dou a comunhão para os enfermos. Mesmo assim, é tão grande o número dos que vêm pedir-me para ouvir confissões que, se eu estivesse em dez lugares ao mesmo tempo, não teria falta de penitentes”,(4) escreveu ele a Santo Inácio apenas um mês depois de sua chegada. Goa, a “dourada” ou a “Roma do Oriente”, era uma cidade cosmopolita e tinha atraído gente de todas as partes do mundo. São Francisco Xavier viu a necessidade de criar uma escola de nível médio para ajudar a evangelização. Menos de um ano depois de sua chegada, tinha já fundado o Colégio da Santa Fé. Sua finalidade, como ele explica, era “para que os nativos destas terras e os de diferentes nações e raças possam ser instruídos na fé. E para que, quando tiverem sido bem instruídos, sejam enviados às suas pátrias, de modo que ganhem fruto com o ensinamento que receberam”.(5) Os “filhos de São Francisco Xavier” Sua presença era requisitada também em outras partes: “Num reino longe daqui (Travancore, sudoeste da Índia), Deus moveu muitas pessoas a se fazerem cristãs. De tal modo que, num só mês, batizei mais de dez mil, homens, mulheres e crianças”.(6) Nessa nova área ele foi recebido pelo marajá “com honras, e tratado com gentileza”; o rei deu a ele “permissão para pregar o Evangelho em todo seu reino, e para batizar aqueles de seus súditos que quisessem tornar-se cristãos”.(7) Como escreveu para os membros da Companhia, em Goa “eu tenho estado ocupado batizando todos os infantes. [...] Os mais velhos deles não me dão paz, pedindo-me sempre para ensinar-lhes novas orações. Eles não me dão tempo para rezar meu breviário nem para comer”.(8) A história do Cristianismo no Japão inicia-se com a chegada de S. Francisco Xavier e seus companheiros. Depois vieram as perseguições e os martírios. São Francisco Xavier desceu até o extremo sul da Índia para evangelizar os Paravas, quase todos pescadores de pérolas. “Padre Francisco fala desses Paravas como de uma nobre raça, inteligente, trabalhadora e perseverante, a única tribo na Índia que se tornou inteiramente católica. [...] Eles se orgulham de chamar-se a si próprios ‘os filhos de São Francisco Xavier’”, escreve um Prelado no início do século passado.(9) Foi nessa Costa da Pescaria que o “Padre Francisco” realizou muitos dos seus mais espetaculares milagres. Foram tantos e tão notáveis, que fica difícil a escolha. Uma vez os ferozes Badagas cruzaram as montanhas, devastando o Travancore. O marajá, mal preparado para fazer face a esse perigo, apelou a São Francisco Xavier. O apóstolo juntou-se ao improvisado exército, colocando-se na primeira fila. Tão logo sua voz pôde ser ouvida do outro lado, “o Padre Francisco, segurando seu Crucifixo, caminhou para o inimigo [...] e gritou em alta voz: ‘Em nome de Deus, o terrível, eu vos ordeno que pareis’”.(10) Os badagas das filas dianteiras, aterrorizados, pararam e começaram a recuar. A debandada foi total. “Eu te ordeno, levanta-te dos mortos!” A cidade de Quilon, entretanto, não se impressionava com esses milagres, e as palavras de fogo do apóstolo não penetravam nos corações endurecidos de seus habitantes. Um dia, quando estava rodeado por uma multidão a que não era capaz de tocar, o Santo ajoelhou-se e pediu fervorosamente a Deus que mudasse o coração e a vontade daquele povo obstinado. Depois de um instante, dirigiu-se ao local onde um jovem havia sido enterrado na véspera. Pediu que o desenterrassem. “Verifiquem todos se ele está mesmo morto”, disse à multidão. Alguns, ao abrirem o caixão, recuaram exclamando: “ele não só está morto, mas cheirando mal”. Xavier então ajoelhou-se e, com potente voz para que todos ouvissem, disse: “Em nome de Deus e em testemunho da fé que eu prego, eu te ordeno: levanta-te dos mortos”. Um tremor sacudiu o cadáver e a vida retornou plenamente a ele. O número das conversões foi grande, e a fama do milagre acompanhou Francisco Xavier através das Índias.(11) Procissão portando o corpo de São Francisco Xavier, venerado até por não católicos, pelas ruas de Goa em dezembro de 2004 Para formar um clero nativo capaz de trabalhar entre seus irmãos, ele fundou mais quatro seminários: Cranganor, Baçaim, Coghim e Quilon. Qual era o segredo da eficácia apostólica de São Francisco Xavier? Era uma heróica observância do maior mandamento de Cristo: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo teu entendimento” (Mt 22, 37). “Tenho tão grande confiança em Deus, cujo amor somente me move, que, sem hesitar, com o único bafejo do Espírito Santo, afrontei todas as tempestades do oceano na mais débil barca”.(12) O segundo apóstolo da Índia recorre ao primeiro Para saber se deveria avançar mais para o Oriente em sua evangelização, Francisco resolve fazer um recolhimento junto ao túmulo de São Tomé, em Meliapor. O segundo apóstolo da Índia, em contato com o primeiro, recebeu muitas graças: “Aqui Deus lembrou-se de mim segundo sua costumeira misericórdia; Ele tem consolado infinitamente minha alma, e me fez saber que é sua vontade que eu vá para Málaca, e de lá às outras ilhas da região”.(13) O resto da história é muito conhecido. Com o mesmo zelo, São Francisco evangelizou não somente Málaca e as Molucas, mas também muitas outras ilhas vizinhas, e chegou até o Japão, do qual foi o primeiro e mais importante apóstolo. Ele morreu só e desconhecido nas costas da China, com os olhos postos em suas misteriosas terras, cuja antiga e rica civilização queria conquistar para Cristo. No processo de canonização do grande Apóstolo do Oriente, a Santa Sé “reconheceu vinte e quatro ressurreições juridicamente provadas e oitenta e oito milagres admiráveis operados em vida pelo ilustre Santo”.(14) Na bula de canonização são mencionados muitos milagres ocorridos em vida e depois da morte de São Francisco Xavier. Um deles foi que as lamparinas colocadas diante da imagem do Santo, em Colate, ardiam muitas vezes tanto com óleo como com água benta. O último milagre relacionado a ele foi seu corpo incorrupto por séculos, cujos restos, mumificados e danificados por homens e elementos, podem ainda ser vistos em Goa, coroando um dos mais notáveis exemplos do Evangelho posto em prática. E-mail do autor: pmsolimeo@catolicismo.com.br ____________ Notas: 1. Mary Purcell, Don Francisco - the story of St. Francis Xavier, The Newman Press, Westminster, Maryland, 1954, p. 108. 2. Cônego Arsênio Tomaz Dias, da Sé Patriarcal de Goa, Memória Histórico-Eclesiástica da Arquidiocese de Goa, Tip. A Voz de S. Francisco Xavier, Nova Goa, Índia, 1933, p. 344. 3. G. Schurhammer - I. Wicki, S.I., Epistolae S. Francisco Xaverii, Romae, 1944, - Epist. 55, t. I., p. 325), citada pelo Papa Pio XII em sua mensagem aos católicos da Índia, in "Boletim do Instituto Vasco da Gama", Bastora, Goa, Índia, Dez. 1952, p. VIII. 4. Mary Purcell, op. cit., p. 147. 5. P. Rayanna, S.J., St. Francis Xavier and his shrine, 2nd ed., Bom Jesus, Old Goa, Índia, 1982, p. 72. 6. In Dr. E. P. Antony –– The History of Latin Catholics in Kerala, I.S. Press, Ernakulan, Índia, 1992, p. 44. 7. D. Ladislau Miguel Zaleski, Saint François Xavier, Missionaire et son Apostolat en Inde, Ensieldeln, Germany, 1910, p.102. 8. Mary Purcell, op. cit., p. 165. 9. D. Ladislau Zaleski, op. cit., p. 204. 10. D. Ladislau Zaleski, op. cit., pp. 115-116. Ver também “Memória…”, p. 344, Antony, pp. 45-46, P. Thomas, Christians And Christianity In India And Pakistan, London, George Allen & Unwin Ltd., 1954, p. 56 e J.M.S. Daurignac, S
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
filme de S. Francico Xavier com Milagre do Crucifixo trazido pelo Caranguejo
Em 1546, enquanto evangelizada as Ilhas Molucas, aconteceu um dos mais grandiosos milagres da missão xaveriana.
Milagre do Crucifixo trazido pelo Caranguejo - Ilha de Baranura, 1546
Acompanhado de João Ragoso e Fausto Rodrigues, deixando João de Eiro na direção dos cristãos de Ambóino, dirigiram-se numa ligeira embarcação para Baranura. Bem depressa se declarou uma tempestade tal que os próprios marinheiros ficam aterrados; já se julgavam perdidos. Gritavam pela ajuda de Deus.
Francisco Xavier toma o seu crucifixo, inclina-se sobre a borda do barco para mergulhá-lo naquele mar em fúria... e o crucifixo escapa-lhe da mão! Na mesma hora o as águas se acalmaram. O Santo apóstolo mostra-se em extremo consternado por aquela perda, chora aquele tesouro, que havia operado tantos prodígios, tesouro que o consolara tantas vezes nas amarguras do seu laborioso e penoso apostolado.
Fausto Rodrigues, testemunha deste milagre, acrescenta, na sua narração, que o Padre Xavier, depois de, ter beijado muitas vezes o seu maravilhoso crucifixo, conservou-se por meia hora em oração, com as mãos cruzadas sobre o peito, agradecendo à divina Bondade um tão admirável prodígio.
quarta-feira, 28 de junho de 2017
São Francisco Xavier e o Dom de Línguas, milagre constante
quarta-feira, 21 de junho de 2017
DEVOÇÃO DAS DEZ SEXTAS-FEIRAS
O Padre Portier, da Companhia de Jesus, missionário na Grécia, sofria desde muito tempo duma perna, cujas violentas dores a ciência não podia minorar. Declara-se uma chaga, a cárie ataca os ossos, e os cirurgiões anunciam ao doente que é necessário fazer-se a amputação; mas os seus superiores desejam que aquela cruel operação seja feita em França e ordenam-lhe que vá a Paris na esperança de que a ciência reconhecida dos operadores franceses lhe tornarão a amputação menos dolorosa e os tratamentos serão mais cuidados. O doente embarcou-se em Constantinopla em 1699. Apenas embarcado, sente uma forte inspiração de pedir a S. Francisco Xavier que o cure, que promete fazer em sua honra a devoção de dez sextas-feiras [Esta devoção consiste na recitação de dez Pai Nosso, Ave e Glória ao Pai em honra dos dez anos de apostolado de S. Francisco Xavier nas Índias. Este exercício deve ser renovado dez sextas-feiras seguidas.], e começa-a na mesma semana. Desde a terceira sexta-feira as dores cessam; as partes dos ossos que a gangrena havia atingido desligam-se e caem. O doente, querendo auxiliar o Santo na sua obra maravilhosa, lembra-se de pôr sobre aquela chaga, conquanto em via de cura, um aparelho, da sua imaginação que, segundo ele, devia bem depressa acabar o milagre começado. Mas São Francisco Xavier não queria meios humanos, não tinha necessidade de ser auxiliado, e provou-o bem depressa, fazendo-lhe voltar imediatamente todas as dores com que havia sido tão cruelmente martirizado durante mais de dois anos. O Padre Portier, suficientemente advertido, retirou os remédios que o Santo mostrava poder dispensar; os sofrimentos cessaram de novo, e poucos dias depois a chaga estava sarada, a perna perfeitamente curada, e não restava mais do que uma cicatriz, como lembrança da obra divina obtida pela intercessão e pelos méritos do apóstolo do Oriente. Como rezar esta devoção: Pai Nosso (10 vezes) Pai nosso que estás nos céus; santificado seja o teu nome; ve¬nha a nós o teu reino; seja feita a tua vontade, assim como nos céus, na terra. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje, e perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores, e não nos tragas em tentação, mas livra-nos de todo o mal. Ave-Maria (10 vezes) Deus te salve, Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo; ben¬dita és tu entre as mulheres e bento é o fruto do teu ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, roga por nós pecadores, agora e à hora da minha morte. Ámen. Glória (10 vezes) Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, Amem. OBS.: Reza as três orações em sequência e depois recomeça. Esta devoção consiste na recitação de dez Pai Nosso, Ave e Glória ao Pai em honra dos dez anos de apostolado de S. Francisco Xavier nas Índias. Este exercício deve ser renovado dez sextas-feiras seguidas.
sábado, 17 de junho de 2017
Comunidade de Resina comemora 16 anos de patronato de São Francisco Xavier
Mas a escolha contou com o conhecimento histórico de Silênio Ferreira de Lima, fundador da comunidade, e base patriarcal da vivencia religiosa da comunidade. Ele ja devia saber da existência deste santo, pois lhe era um nome habitual, dado a seu pai. Outra importante fonte de conhecimento foram as pesquisas na internet feitas por Adilson Lima, neto de Silênio e idealizador da construção da capela. Foi ele quem conseguiu as primeiras informações sobre este santo, inclusive um retrato de Xavier.
A programação em homenagem ao Santo por intermédio dos 15 anos de sua nomeação como padroeiro da comunidade, feita em 17 de junho de 2001, por motivo de, uma semana depois, acontecer a primeira missa na capela, o que resultaria na benção de consagração (inauguração) da Capela da comunidade, idealizada desde o ano 1999.
primeira missa festiva do padroeiro na comunidade de Resina 1º de dezembro de 2001, Pe. Miguel F. Amaral |
Palestra sobre a vida de S. F. Xavier, em 2011 (1ª campanha missionária em comemoração dos 10 anos do padroeiro na comunidade) |
comemoração dos 505 anos do nascimento de Xavier em 2011 |
Peregrinação com a imagem de Xavier |
Procissão da chegada da Imagem de S. F. Xavier na Capela em 2005 |
primeira festa do padroeiro na Resina Em 01 de dezembro de 2001 |
Gravando video falando sobre São Francisco XAvier para canal no youtube |
Arovel Lima, animador da comunidade |
em missão na Comunidade do Coqueiro para implantar a IAM |
fogaréu semana santa 2017 |
Rezando a via-sacra (CF 2017) na Natureza |